Em greve desde o dia 19 de setembro, os trabalhadores e trabalhadoras da categoria da Políticas Públicas e de Gestão Educacional (PPGE) têm suas demandas ignoradas pelo governo do Distrito Federal (GDF). A indisposição do governo Ibaneis para dialogar tem gerado críticas na categoria e no Legislativo.
O secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores em Escolas Públicas no Distrito Federal (SAE-DF), Denivaldo Alves, destacou a legitimidade da greve e cobrou a abertura das negociações. "Continuaremos mobilizados até que haja um comprometimento do GDF em reajustar o valor da GIC [Gratificação de Incentivo à Carreira] e em estabelecer negociações para a reestruturação de nossa carreira, conforme determina a lei", enfatizou Alves.
Segundo o movimento grevista passa por uma "fase crucial" em que algumas mentiras estariam sendo produzidas. "Têm circulado informações que distorcem a realidade do nosso movimento, alegando que quase a totalidade da categoria está paralisada e que nossas atividades seriam essenciais para efeito de greve. Precisamos elucidar: isso não condiz com a verdade", ponderou o secretário-geral da SAE.
"A legislação é clara ao definir como essenciais atividades como tratamento e abastecimento de água, produção de energia elétrica, distribuição de medicamentos, entre outras. Não podemos incluir na mesma categoria as funções de suporte operacional e técnico administrativos da educação", defendeu Denivaldo Alves. Segundo ele, o GDF dispõe de todo um contingente de pessoal terceirizado, educadores sociais e outros profissionais para atender a essas demandas.
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O Comando de Greve do SAE-DF também lançou um Registro Confidencial de Ocorrências. Segundo o Sindicato, o intuito da ferramenta é documentar e coibir eventuais excessos, abusos de autoridade ou qualquer desrespeito que possa impactar os participantes da greve. A categoria diz que 80% dos servidores do PPGE aderiram ao movimento grevista.
Legislativo
O presidente da Comissão de Educação, Saúde e Cultura (CESC), da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), Gabriel Magno (PT) criticou o GDF pela postura em relação aos servidores do PPGE. "É uma postura de truculência e descaso com a própria educação e de novo descumprindo todas as falsas promessas que fez na campanha", afirmou o deputado.
“Nesse caso é mais grave, porque o governo iniciou um diálogo com a categoria no primeiro semestre, indicando a possibilidade de reestruturação de carreiras, fez um movimento de recuo e agora, que a categoria está em greve, se recusa até a conversar", avaliou o presidente da CESC.
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O deputado Gabriel Magno confirmou ainda que ele e os demais parlamentares progressistas vão continuar tentando fazer a obstrução da pauta na CLDF até que o governo abra um diálogo com a categoria em greve. "Vamos tentar forçar o governo a negociar e apresentar uma proposta para a categoria", ressaltou.
Governo
A Secretaria de Educação informou apenas que vem adotando "providências pertinentes" em relação ao movimento grevista dos servidores da Carreira de Assistência à Educação (CAE). No entanto, a Pasta não detalhou o impacto da greve e nem falou sobre a possibilidade de abertura de diálogo com os grevistas.
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Fonte: BdF Distrito Federal
Edição: Márcia Silva