O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) enviou o inquérito que investiga os assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
De acordo com a coluna de Bernardo Mello Franco, do jornal O Globo, o motivo da mudança de foro seria o surgimento de novas suspeitas sobre Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ)
Brazão já havia sido denunciado por tentativa de atrapalhar as investigações. Contudo, em março, a denúncia foi rejeitada pela Justiça do Rio.
De acordo com a informação obtida pela coluna, o nome de Brazão foi citado na delação premiada do ex-PM Élcio Queiroz, que confessou ter dirigido o carro usado no ataque contra a ex-vereadora do Rio. Por causa do cargo de Brazão no TCE-RJ, foi pedida a mudança de foro.
O conselheiro sempre negou participação no assassinato de Marielle. Em março, quando o crime completou cinco anos, ele foi autorizado pelo Tribunal de Justiça do Rio a voltar ao TCE. Estava afastado desde 2017.
Quem é Domingos Brazão?
Brazão foi vereador e deputado estadual no Rio de Janeiro por cinco mandatos consecutivos (1999-2015) e conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do (TCR-RJ).
O empresário foi citado no relatório da CPI das Milícias. Ele é chefe de um clã que inclui o deputado federal Chiquinho Brazão, o deputado estadual Manoel Brazão e o vereador Waldir Brazão, um agregado que adotou o sobrenome para fins eleitorais.
Contra ele já foram levantadas suspeitas de corrupção, pela qual foi afastado e depois reconduzido ao cargo de conselheiro do TCE-RJ, fraude, improbidade administrativa, compra de votos e até homicídio.
*Com informação de O Globo.
Edição: Jaqueline Deister