A defesa da soberania nacional é uma das principais pautas do ato que ocorre na terça-feira (3) no centro do Rio de Janeiro em celebração aos 70 anos da Petrobras. A manifestação, organizada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) e Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), traz ainda como pautas centrais a reversão das privatizações, a defesa das estatais, do serviço público e de um projeto de desenvolvimento nacional, social e ambiental com participação popular.
As federações destacam que desde a Lava Jato, uma série de ações como o desmonte da Lei de Partilha do pré-sal, a prisão política de Lula e a eleição de Jair Bolsonaro contribuiu para o avanço da agenda ultraliberal que desmontou o Estado brasileiro e desestruturou políticas públicas.
“Bolsonaro e seus agentes fizeram de tudo para acabar com a maior e mais estratégica empresa nacional. Somente no seu governo, foram vendidos 68 ativos do Sistema Petrobrás, incluindo quatro refinarias (Rlam/BA, Reman/AM, RPCC/RN e SIX/PR), a BR Distribuidora, a Liquigás, a Gaspetro, a Transportadora Associada de Gás (TAG), a Nova Transportadora do Sudeste (NTS), usinas de biocombustível, usinas eólicas, termelétricas, plantas petroquímicas, sondas de perfuração, campos de petróleo em terra e em mar, inclusive no pré-sal”, destaca a FUP.
De acordo com o estudo “Implicações Econômicas Intersetoriais da Operação Lava Jato”, produzido em 2021 pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a operação custou 4,4 milhões de empregos e 3,6% do PIB. O levantamento revelou ainda que o Estado deixou de arrecadar R$ 47,4 bilhões de impostos e R$ 20,3 bilhões em contribuições sobre a folha, além de ter reduzido a massa salarial do país em R$ 85,8 bilhões.
O estudo sinaliza ainda que são necessários mecanismos eficientes de combate à corrupção com a preservação dos empregos, como ocorre em outros países. Segundo o Dieese, o combate à corrupção deve preservar a estrutura produtiva e punir os culpados.
Mobilização nacional
O ato do dia 3 de outubro, organizado pela FUP e FNP, pretende ser uma grande mobilização nacional pela reconstrução de um Brasil soberano, democrático e com justiça social e ambiental.
Além das federações, a manifestação conta com a participação de centrais sindicais, entidades que integram a Plataforma Operária e Camponesa da Água e Energia, a Frente Brasil Popular, a Articulação de Redes, os Comitês Populares e mais de 30 outras organizações sociais, entidades de classe e partidos políticos do campo da progressista.
A manifestação ocorrerá no centro da cidade do Rio de Janeiro, a partir das 15h, saindo da Eletrobrás (Rua da Quitanda). O ato seguirá para a Candelária por volta das 16h; e por fim marcha até o Edifício Sede da Petrobrás (Edise, na Av. Chile), onde acontecerá o encerramento, às 17h.
Serviço
Data:
3 de outubro
Local:
Rio de Janeiro
Horário:
15h: Concentração em frente à sede da Eletrobras, na Av. Presidente Vargas, 409
16h: Início da passeata, em sentido à Praça da Candelária
17h: Ato político em frente à sede da Petrobras
Edição: Jaqueline Deister