Uma nova pesquisa da ABC com o Washington Post, divulgada no fim de semana, colocou a campanha de Joe Biden em alerta. De acordo com o levantamento, Donald Trump aparece com 52% das intenções de voto contra apenas 42% de Biden.
A pesquisa foi amplamente divulgada por republicanos. A FOX News, canal de televisão porta-voz dos conservadores estadunidenses, destacou o fato do Washington Post, que apoiou Biden nas eleições de 2020, ter afirmado que a própria pesquisa era um “ponto fora da curva”.
De fato, nenhum outro levantamento feito por institutos e mídias relevantes chegou a uma diferença tão grande. A FOX News mostrou Trump com 48% contra 46% de Biden. A pesquisa da CNN colocou Trump com um ponto percentual a frente do atual presidente: 47% contra 46%. Já o Wall Street Journal mostrou empate, ambos com 46%.
Um cenário nada bom para Joe Biden
Ainda que o resultado pareça distorcido, a tendência é o que mais preocupa os democratas. Trump vem crescendo nos levantamentos nacionais e a aprovação de Biden não o ajuda. Mais de 3 em cada 5 democratas, ou independentes que tendem ao Partido Democrata, preferiam que outro nome fosse escolhido para a eleição de 2024.
Atualmente a aprovação do presidente é de 40,9% na média das pesquisas, 0,2 ponto percentual a menos que Trump no mesmo período durante seu mandato. Na verdade, é a menor aprovação no mesmo período desde Jimmy Carter, o último democrata que não conseguiu se reeleger estando na Casa Branca.
A pesquisa revela que a inflação pode ser o grande motivo para descontentamento da população com o governo. Quando perguntados sobre “se o preço da gasolina e da energia estão bons”, 87% dizem que não está muito bom ou está ruim. No caso do preço da comida, esse número sobe para 91%. O slogan “Bidenomics”, para exaltar os resultados da economia, parece não estar colando no eleitorado.
Outro ponto que vem sendo um problema para o atual governo é a imigração: 62% dos entrevistados afirmaram desaprovar a atuação do governo Biden ao lidar com a situação imigratória na fronteira dos Estados Unidos com o México.
Edição: Patrícia de Matos