A rede social X, o novo nome do Twitter, tem comunidades voltadas para conteúdos extremos que glorificam a violência e práticas como exploração sexual infantojuvenil, neonazismo e terrorismo. Apesar da proliferação desses conteúdos perigosos, existem poucas ações de moderação dele, informa a pesquisa "Conteúdos extremos nas redes sociais: as subcomunidades virtuais do Twitter".
O levantamento das pesquisadoras Beatriz Lemos, Letícia Oliveira e Tatiana Azevedo, indica a existência também de uma subcomunidade "voltada à glorificação de assassinos, atiradores escolares e supremacistas brancos". São alvos de elogios nestes locais massacres em escolas no Brasil e no exterior.
"Nos meses de março e abril de 2023, meses em que ocorrem os aniversários dos ataques de Realengo, Suzano e Columbine - os três massacres escolares mais cultuados na comunidade - membros da subcomunidade TCC promoveram uma série de ameaças, tentativas frustradas e casos concretos de violência no ambiente escolar. A escalada de ameaças e ataques ocorrida entre os dias 27 de Março e 20 de abril de 2023 foi inédita no Brasil", diz a pesquisa.
Após a série contra escolas, citadas no texto, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, ameaçou banir do Brasil as redes sociais que não colaborassem com as investigações.
Ainda de acordo com a publicação, é necessário responsabilizar as plataformas que não fizeram os "esforços mínimos necessários para a indisponibilização de conteúdos ilícitos e que contrariem a proteção às crianças e aos adolescentes, estabelecida pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)."
Edição: Rodrigo Gomes