Rio de Janeiro

honraria

Alerj aprova Medalha Tiradentes para ministra da Cultura Margareth Menezes

Cantora baiana é a primeira mulher negra a ser indicada ministra de Estado

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Margareth Menezes é apontada como referências para os novos artistas do axé-music, afropop e samba-reggae - José de Holanda/Divulgação

A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou a concessão da Medalha Tiradentes para a cantora baiana Margareth Menezes, atual ministra da Cultura do Brasil. A maior honraria concedida pela casa legislativa foi aprovada em discussão única na última semana. 

Leia mais: Feira Literária Internacional de Maricá terá presença e homenagem a Gilberto Gil

O projeto é assinado pela deputada Verônica Lima (PT), que preside a Comissão de Cultura da Alerj. No texto do projeto, a parlamentar destaca a trajetória de Margareth e seu legado de contribuições à cultura como símbolo de potência vocal e social no universo afro-pop-brasileiro. 

Soteropolitana, Margareth Menezes tem quase quatro décadas de carreira como cantora, com milhares de cópias vendidas e indicações ao Grammy e ao Grammy Latino. Ela é também fundadora e presidente da ONG Fábrica Cultural, de incentivo ao empreendedorismo e ao fortalecimento cultural na Bahia. 
 
Para Verônica Lima, a honraria reconhece o pioneirismo da primeira mulher negra no mais alto posto da gestão cultural no país. “Aprovar a entrega da Medalha Tiradentes para a Ministra Margareth Menezes é reconhecer uma trajetória brilhante como artista, ativista e gestora. Uma mulher negra pioneira, talentosa e dedicada a transformar a sociedade”, comenta a parlamentar.
 
A deputada afirma que a volta do Ministério da Cultura no governo Lula (PT) sob o comando de Margareth Menezes tem promovido a retomada do setor após anos de desmonte. “Estão ocorrendo várias promoções de políticas públicas de fomento e valorização dos fazedores e fazedoras de cultura", completa.

Biografia

Margareth Menezes da Purificação Costa nasceu em 13 de outubro de 1962, em Boa Viagem, Salvador (BA). É a filha mais velha de Dona Diva, uma costureira e doceira que veio da Ilha de Maré, e do motorista Adelício Soares da Purificação, falecido em março de 2009.

Em 1987, gravou o seu primeiro sucesso ao lado de Djalma de Oliveira, "Faraó (Divindade do Egito)", vendendo mais de cem mil cópias. Menezes deu início a sua carreira bem-sucedida, lançando 14 álbuns, sendo que dois desses, "Ellegibô" e "Kindala", alcançaram o topo da Billboard World Albums, enquanto "Pra Você" e "Brasileira Ao Vivo: Uma Homenagem Ao Samba-Reggae", receberam indicações ao Grammy.

Durante toda a carreira, grandes publicações referem-se a Margareth Menezes como uma referências para os novos artistas do axé-music, afropop e samba-reggae, bem como da música popular brasileira. Todos os anos, a cantora leva seu trio elétrico, um dos mais tradicionais, às ruas de Salvador.

Margareth aceitou o convite para compor a equipe ministerial do novo governo, assumindo a partir de 1° de janeiro de 2023 a pasta do recriado Ministério da Cultura, sendo a primeira mulher negra a ser indicada ministra de Estado.

Edição: Clívia Mesquita