Pelo menos 39 pessoas morreram em decorrência das chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde a última segunda-feira (4). Esse número pode ser ainda maior, já que ao menos nove pessoas estão desaparecidas na cidade de Muçum, que já tem o maior registro de pessoas mortas até aqui: são 14 vítimas confirmadas, e há previsão de novos temporais até o fim do dia.
Os números foram atualizados na manhã desta quinta-feira (7), feriado da Independência, pela Defesa Civil do estado. Roca Sales, cidade vizinha a Muçum na região do Vale do Taquari, tem nove vítimas fatais confirmadas. As outras mortes foram registradas Cruzeiro do Sul (quatro), Lajeado (três), Estrela (duas), Ibiraiaras (duas), além de Encantado, Imigrante, Mato Castelhano, Passo Fundo e Santa Tereza (uma cada).
Segundo a Defesa Civil, 79 municípios gaúchos foram afetados pelas enchentes. No total, 2.504 pessoas estavam desabrigadas e outras 3.575 desalojadas até a manhã desta quinta. Muitas pessoas foram levadas para espaços públicos como ginásios. Desde a quarta-feira (6), todo Rio Grande do Sul está em estado de calamidade pública. Os desfiles de 7 de setembro foram cancelados.
A Defesa Civil publicou alerta para o risco de temporais com possíveis descargas elétricas, queda de granizo e rajadas de vento para todo o sul do estado e também para a maior parte das porções leste e oeste, incluindo a área de Porto Alegre até o fim da tarde neste feriado. A região da capital também pode sofrer com enchentes devido à elevação do rio Jacuí – que também coloca em alerta outras cidades, como Charqueadas, Triunfo e São Jerônimo.
Algumas regiões da capital Porto Alegre já começam a sentir os efeitos do acúmulo de água da chuva que atingiu outras regiões do estado. Conforme mostrou o site Gaúcha Zero Hora, o bairro Arquipélago, que fica em ilhas no rio Guaíba, já tem casas alagadas devido à cheia do rio.
Edição: Geisa Marques