Neste ano, o Grito dos Excluídos e Excluídas 2023 leva às ruas do Brasil o lema “Você tem fome, tem sede de quê?”. Desde 1995, setores progressistas da sociedade brasileira lutam para que toda a população tenha acesso à justiça social, vida digna e acesso aos direitos fundamentais garantidos pela Constituição Federal. Neste ano, a mobilização acontecerá em 26 estados.
No Rio de Janeiro, os atos estão confirmados para quinta-feira (7) na capital fluminense e no município de Petrópolis, na região serrana. De acordo com Sandra Quintela, presidenta do Instituto de Políticas Alternativas para o Cone Sul (PACS) e uma das coordenadoras do 29° Grito dos Excluídos, a construção do movimento é coletiva e conta com diferentes setores da sociedade civil organizada.
“A construção no Rio começou em junho, fizemos três plenárias de organização e três grupos de trabalho de infraestrutura, mobilização e comunicação. A organização envolveu várias entidades de movimentos sociais, populares, sindicatos, partidos políticos e mandatos. É uma construção ampla e democrática. Nós já estamos nesse movimento há muitos anos. Eu, particularmente, desde os anos 2000”, explica Quintela, que ainda ressalta a expectativa do Grito para este ano.
“Nossa expectativa é tranquila, não estamos vendo movimentações por parte de bolsonaristas. Em 2018, mesmo após a facada, fomos às ruas com escolta policial. Ano passado e retrasado também fomos às ruas. Nossa mensagem é de paz, de um projeto popular para o Brasil, que o povo brasileiro participe das grandes decisões, luta por reforma agrária, moradia, pelos direitos sociais. Estaremos sempre nas ruas no 7 de setembro. Em momentos piores nós já estivemos”, afirma.
A concentração do Grito dos Excluídos na cidade do Rio ocorrerá nesta quinta-feira (7), a partir das 9h, na Rua Uruguaiana com a Avenida Presidente Vargas, no centro. A faixa de abertura do ato será carregada pelas mães vítimas da violência policial, representantes dos movimentos populares, e excluídos e excluídas em geral. A previsão é que o ato siga às 11h para a Praça Mauá, onde ocorrerá o encerramento.
Em Petrópolis, a concentração ocorrerá a partir das 9h no Bosque do Imperador, centro da cidade.
A Coordenação Nacional do Grito é composta pela Comissão 8 da CNBB; as Pastorais e Organismos: PO (Pastoral Operária), SPM (Serviço Pastoral dos Migrantes), PPR (Pastoral do Povo da Rua), PCR (Pastoral Carcerária), PAB (Pastoral Afro Brasileira), CPT (Comissão Pastoral da Terra), PJ (Pastoral da Juventude), PJMP (Pastoral da Juventude do Meio Popular), CB (Cáritas Brasileira), CNLB (Conselho Nacional de Leigos e Leigas do Brasil), PMM (Pastoral da Mulher Marginalizada), CPP (Conselho Pastoral dos Pescadores). Entidades: CMP (Central dos Movimentos Populares), MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens), Jubileu Sul Brasil, Romaria dos Trabalhadores/as, JOC (Juventude Operária Católica), Rede Rua, Sefras (Serviço Franciscano de Assistência), CEBs, 6ª SSB (Semana Social Brasileira).
Confira aqui os locais com atos confirmados.
Edição: Eduardo Miranda