O Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro (Inea) multou em R$ 10,7 milhões a empresa investigada por descarte irregular de material detergente no Rio Guandu nesta semana, o que interrompeu a operação da Estação de Tratamento de Água do Guandu (ETA) esta semana.
A polícia e o Inea apontam que a empresa Burn, localizada no Parque Industrial de Queimados, na Baixada Fluminense, foi responsável pela espuma. Técnicos do órgão estadual afirmam que uma quantidade de detergente duas vezes maior que a permitida por lei foi identificada na galeria de águas pluviais da Burn Indústria e Comércio.
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Segundo com o portal G1, a fábrica tem licenças para fabricar cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal. Além de produzir sabões, detergentes sintéticos e desinfetantes. A empresa nega qualquer irregularidade.
A presença de substância surfactantes (composto presente em detergentes) na água formou uma espessa espuma branca no manancial do Guandu na última segunda-feira (28). A Cedae imediatamente interrompeu o fornecimento de água tratada, afetando 11 milhões de pessoas em oito municípios da região metropolitana e Baixada Fluminense.
Após 14 horas de paralisação, a Cedae informou que voltou a realizar a captação de água no Rio Guandu na noite da última segunda (28). O serviço havia sido interrompido na madrugada. O abastecimento para toda região metropolitana levou 72 horas para ser normalizado.
Edição: Clívia Mesquita