O presidente russo, Vladimir Putin, comentou pela primeira vez sobre a queda do avião da Embraer na última quarta-feira (23), no qual estava o chefe do grupo Wagner, Yevgueny Prigozhin. Putin expressou condolências às famílias das vítimas e observou que os funcionários do Wagner que estavam à bordo "deram uma contribuição significativa" para a guerra da Rússia contra a Ucrânia.
Ao falar explicitamente sobre Yevgueny Prigozhin, Putin destacou que "ele era um homem de destino difícil" que alcançou "os resultados desejados" para si e para as "causas comuns".
"Gostaria de salientar que se trata de pessoas que deram uma contribuição significativa para a nossa causa comum de luta contra o regime neonazista da Ucrânia. Nós nos lembramos disso, sabemos e não esqueceremos", disse Putin ao se referir os membros do Wagner que estavam no avião.
"Conheço Prigozhin há muito tempo, desde o início dos anos 1990. Ele foi um homem de destino difícil, cometeu erros graves na vida e alcançou os resultados que precisava - tanto para si mesmo quanto, quando lhe perguntei sobre isso, para a causa comum, como nestes últimos meses. Ele era um homem talentoso, um empresário talentoso", acrescentou.
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O presidente russo também informou que a Comissão de Investigação da Rússia já começou uma apuração preliminar sobre o incidente. De acordo com ele, a investigação "irá até o fim". "Vamos ver o que os investigadores dizem num futuro próximo. E agora estão sendo realizadas perícias - perícias técnicas e genéticas. Isso leva algum tempo", afirmou.
Um jato executivo de propriedade de Prigozhin caiu perto da vila de Kuzhenkino, na região de Tver, na quarta-feira (23). A Agência Federal de Transporte Aéreo informou rapidamente que Yevgueny Prigozhin estava na lista de passageiros a bordo. Além disso, foi informado que Dmitry Utkin, um dos comandantes do grupo Wagner, também estava entre as vítimas.
No total, todas as 10 pessoas - sete passageiros e três tripulantes - que estavam no avião morreram. A identificação dos restos mortais ainda não ocorreu. Foi relatado que os corpos dos mortos estavam gravemente danificados e será necessário um exame genético para identificá-los. O material biológico dos mortos teria sido enviado a Moscou para testes genéticos.
Edição: Geisa Marques