Para marcar o mês da Visibilidade Lésbica, a Coletiva Feminista das Lésbicas e Bissexuais (COLE) de Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro, organiza a 5° edição do Festival Viva Sapatão, que ocorre em 30 de agosto na Praça da Cantareira.
Segundo a organização, um dos objetivos do evento é fomentar a autonomia e apoiar a abertura de espaços de trabalho inclusivos. Para isso, a programação inclui, além de rodas de conversa e apresentações culturais, a Feira LésBi, que está com chamada pública aberta para expositoras interessadas em participar do evento.
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No último sábado (19), Dia do Orgulho Lésbico, o coletivo estendeu uma faixa na ponte da Ilha da Boa Viagem, cartão-postal da cidade, com os dizeres "Lésbicas existem: por liberdade e direitos". A ação, chamada de "amanhecer sapatão", é parte do conjunto de atividades que acontecem em preparação para o Festival.
Para a coletiva de lésbicas da cidade de Niterói, a ação é um grito pelo fim da violência. De acordo com a primeira etapa do LesboCenso Nacional, realizada no ano passado, 79% das mulheres já sofreu algum tipo de lesbofobia. A maioria também relatou ter conhecidas que sofreram alguma violência por serem lésbicas.
"Lésbicas existem é uma afirmação positiva para alcançarmos direitos e o fim da lesbofobia. Nós vivenciamos a cidade e as políticas públicas com especificidades que não podem mais ser ignoradas. Queremos saúde integral e acolhedor no SUS, empregabilidade, queremos viver sem violência contra nossos corpos e nos nossos territórios", afirmam integrantes da coletiva.
Em Niterói, local onde surgiu a coletiva, uma lei de autoria da então vereadora Verônica Lima (PT), hoje deputada estadual, instituiu o Dia Municipal da Visibilidade Lésbica, em 2019.
Fonte: BdF Rio de Janeiro
Edição: Clívia Mesquita