O Museu de Arte do Rio (MAR), que fica na Praça Mauá, na zona portuária da capital, estará com entrada gratuita deste sábado (12) até 3 de setembro para comemorar o Mês da Juventude. A parceria com a Secretaria Especial da Juventude Carioca vai permitir que todas as faixas etárias estejam contempladas, com acesso livre para toda a população.
Leia mais: Museu de Arte do Rio, na zona portuária, abre exposição "O Retrato do Brasil é Preto"
No local também ocorreu a abertura oficial das celebrações pelo Mês da Juventude, no dia 4 de agosto, com um debate sobre os 10 anos do Estatuto da Juventude, mediado pelo secretário da Juventude, Salvino Oliveira.
"Abrir as portas do Museu de Arte do Rio é um presente que a instituição dá à população. Tenho certeza que será um mês de muitas visitas. Quem ainda não conhece, terá a chance de conhecer e quem conhece vai querer visitar de novo, porque ir ao MAR sempre é uma garantia de passeio incrível", disse Salvino.
Ampliar a visita do público às exposições é um dos principais objetivos do Museu de Arte do Rio.
"Sabemos que a democratização do acesso aos bens culturais exige políticas públicas que visam contemplar o maior número de pessoas. Por isso, muito nos orgulha poder celebrar o Mês Internacional da Juventude com a gratuidade do MAR. Somos um espaço plural onde a convergência de protagonismos se faz cada vez mais presente", afirmou Raphael Callou, diretor e chefe da representação da Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI) no Brasil.
Exposições em cartaz
Uma das exposições atualmente em cartaz no MAR é "Carolina Maria de Jesus: Um Brasil para os brasileiros", que tem parceria com o Instituto Moreira Salles, e é dedicada à trajetória e à produção literária da autora mineira que se tornou internacionalmente conhecida com a publicação de seu livro "Quarto de despejo", em agosto de 1960.
Além de destacar a produção literária, a exposição também aborda suas incursões como compositora, cantora e artista circense. A exposição com mais de 400 itens tem curadoria do antropólogo Hélio Menezes e da historiadora Raquel Barreto, com assistência de Phelipe Rezende.
O passado do Brasil e a sua fonte de questionamentos sobre o atual contexto político, social e cultural são apresentados pelo artista Jaime Lauriano na exposição individual “Aqui é o Fim do Mundo”. Cumprindo o papel de artista-historiador, Lauriano apresenta esculturas, vídeos, desenhos e intervenções que revisitam símbolos, signos e mitos formadores do imaginário da sociedade brasileira.
Já a exposição "Uma poética do Recomeço" percorre os olhos pelas diversas imagens que atravessam a produção de César Bahia e nos faz refletir sobre seus interesses e a sua forte ligação com a cultura afro-brasileira. Artista baiano, residente de Fazenda Coutos, subúrbio de Salvador, possui tradição artística por ter nascido em uma família de escultores, foi com o pai que ele aprendeu boa parte da técnica do corte, entalhe, o uso do formão e da marreta.
E a exposição "A construção do MAR e a Pequena África" leva ao público uma década de MAR retratada em fotografias e vídeos que contam muito mais do que a história, apresentam a essência do mais carioca dos museus.
A mostra, que apresenta mais de 100 obras, oferece ao público uma visão de como tudo começou, com imagens do projeto arquitetônico, reformas dos edifícios e até manifestações pela sua permanência através de obras e fotografias de Jaime Acioli, Thales Leite, César Barreto, Giselle Beiguelmann, Ayrson Heráclito, Tia Lúcia, Virgínia de Medeiros, Luiz Baltar, Francisco de Souza, Paula Trope, Yuri Firmeza, Lasar Segall, entre outros.
Edição: Eduardo Miranda