Em audiência de instrução e julgamento realizada na última segunda-feira (7) no II Tribunal do Júri da Capital, presidida pela juíza Elizabeth Machado Louro, duas testemunhas de acusação afirmaram que não houve confronto entre policiais e traficantes no dia 8 de junho de 2021, no Complexo do Lins, na zona norte do Rio.
De acordo com as duas testemunhas ouvidas, os tiros disparados no local onde a jovem grávida Kathlen Romeo foi atingida e morreu partiram de fuzis de policiais em operação na região.
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As testemunhas estavam próximas ao local do ocorrido, afirmaram não conhecer os réus e disseram que os tiros partiram de arma tipo fuzil. A segunda testemunha, que chegou a gravar um vídeo pelo seu celular, disse que havia traficantes vendendo drogas na região e que eles foram surpreendidos pelos policiais, não vindo a revidar os tiros.
A testemunha citou ainda que viu policiais recolhendo materiais e que moradores teriam dito se tratar de entorpecentes deixados pelos criminosos na fuga e de cápsulas das munições. Os depoimentos duraram, ao todo, cerca de uma hora e meia.
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Os cabos da Polícia Militar Marcos Felipe da Silva Salviano e Rodrigo Correia de Frias são acusados de serem os autores dos disparos que mataram Kathlen. Os militares realizavam patrulhamento de rotina na área conhecida como Beco da 14, próximo à Rua Araújo Leitão, por onde Kathlen passava com a avó. Os dois alegam que trocaram tiros com traficantes locais e a vítima acabou sendo atingida.
Na próxima audiência, deverão ser ouvidas mais quatro testemunhas arroladas pelo Ministério Público. A nova data ainda será marcada.
Edição: Eduardo Miranda