A Lei 14.635, que inscreve o nome da mineira Laudelina de Campos Melo no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, foi sancionada, nessa quarta-feira (26), pelo presidente Lula (PT). Mulher, negra e neta de escravizados, Laudelina foi pioneira na luta dos direitos do povo negro e das empregadas domésticas.
Nascida em Poços de Caldas (MG), no dia 12 de outubro de 1904, Laudelina mostrou sua vocação de liderança política desde cedo. Aos 16 anos, a mineira foi eleita presidenta do Clube 13 de Maio, que promovia atividades recreativas para a população negra de sua cidade.
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Na vida adulta, Laudelina sempre esteve presente na batalha pelas pautas políticas e sociais de sua época. Em 1936, Laudelina foi integrante do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e da Frente Negra Brasileira.
Pioneira no sindicalismo
Laudelina também é um grande símbolo da luta pelos direitos das empregadas domésticas. A mineira fundou a Associação das Empregadas Domésticas, primeira entidade voltada à defesa e representação dos trabalhadores domésticos no Brasil.
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Durante a Segundo Guerra Mundial, Laudelina chegou a se alistar como voluntária para trabalhar nas forças armadas do Brasil, buscando ajudar na luta contra o nazifascismo que assolava o mundo.
Faleceu em 1991, aos 86 anos, em Campinas. Laudelina deixou sua casa para a Associação Profissional Beneficente de Empregadas Domésticas em Campinas, sindicato que ajudou a fundar.
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Fonte: BdF Minas Gerais
Edição: Larissa Costa