Na noite do último sábado (8), Yan Gabriel Marques, de 12 anos, brincava no Campo Santa Lúcia, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, quando foi morto por um tiro no rosto. Durante o final de semana, a disputa por território entre grupos criminosos fez quatro vítimas.
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Após a morte, a escolinha de futebol que Yan frequentava suspendeu as atividades por uma semana. O projeto social "Saúde Lazer e Simpatia" lamentou a morte do aluno nas redes sociais: "Irreparável perda. Que Deus possa confortar a família nesse momento de dor". Com a morte de Yan, sobe para sete o número de crianças com idades entre 0 e 14 anos mortas por bala perdida no Rio de Janeiro.
A criança foi atingida no bairro Jardim Pernambuco, mas os ataques a tiros também fizeram vítimas nos bairros de Austin e Engenho Pequeno. A Delegacia de Homicídios da Baixada (DHBF) investiga as circunstâncias e motivações dos crimes.
Segundo moradores, os tiros teriam acontecido durante uma tentativa de invasão de milicianos rivais. Relatos dão conta de que uma guerra entre milicianos foi travada pelo controle da região. Atualmente, a região é dominada pela facção comandada por Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho.
Três homens foram mortos e uma mulher ficou ferida em meio ao fogo cruzado neste final de semana em Nova Iguaçu. Em Austin, suspeitos teriam passado de carro atirando contra um bar. Os alvos seriam criminosos da região, segundo testemunhas. Pai e filha que estavam no bar foram atingidos. Fábio, de 58, foi encontrado no local sem vida. Já Alexia de Melo sofreu uma lesão na coxa e teve alta.
Em Engenho Pequeno, a vítima foi um jovem de 21 anos identificado como Lucas. Ele foi morto a tiros na rua Olga Machado Guimarães.
*Com informações do jornal O Dia
Edição: Clívia Mesquita