outros 5 feridos

Governo reforça ajuda para TI Yanomami após ataque a tiros que matou criança

Ataque aconteceu na noite de segunda-feira (3); feridos foram levadas para hospitais de Surucucu e Boa Vista

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |

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Terra Indígena Yanomami sofre com estragos do garimpo ilegal desde a década de 1970; problema se agravou nos últimos anos, sob gestão Bolsonaro - Fernando Frazão/Agência Brasil

O Governo Federal anunciou nesta terça (4) que reforçou a assistência na Terra Indígena (TI) Yanomami após o ataque a tiros que deixou uma criança morta e cinco outras pessoas feridas na noite anterior, na comunidade indígena Parima.

Os primeiros socorros foram prestados por uma equipe da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), que tem base no local. Agentes da Polícia Federal e das Forças Armadas foram acionados logo após o ataque.

Nesta tarde (4), os feridos foram transferidos para hospitais em Surucucu e Boa Vista em aeronaves das Forças Armadas que contam com equipamentos para resgate emergencial. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, há vítimas em estado grave.

Uma comissão foi formada pelos ministérios dos Povos Indígenas, Saúde, Meio Ambiente, Defesa e Justiça, além de entidades como a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) para oferecer assistência aos indígenas feridos.

O Governo informou, ainda, que trabalha para identificar e responsabilizar os responsáveis pelo ataque. As ações de planejamento e execuções de operações para expulsão de garimpeiros prosseguem.

"O MPI [Ministério dos Povos Indígenas] reforça que segue trabalhando com as demais esferas de governo buscando a completa retirada dos garimpeiros das terras indígenas. Essa atividade degrada não só o meio ambiente, mas ataca o modo de vida e toda a organização social dos povos indígenas", disse o ministério, em nota.

Edição: Rodrigo Durão Coelho