O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) lançou um manifesto com o objetivo combater a desinformação espalhada pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instalada em 17 de maio na Câmara dos Deputados para investigar o movimento social. A iniciativa da rede de solidariedade é do mandato da deputada estadual pelo Rio de Janeiro, Marina do MST (PT).
A intenção do manifesto é fortalecer o campo democrático e difundir as ações do movimento que se destaca no cenário internacional como um dos maiores produtores de alimentos sem veneno do Brasil. Entre as produções expressivas do MST está o arroz orgânico.
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Segundo o Instituto Riograndense do Arroz (Irga), o MST é hoje o maior produtor de arroz agroecológico da América Latina. O movimento produz cerca de 27 mil toneladas de arroz por safra. A maior parte da produção é destinada para a alimentação escolar de dezenas de cidades de médio e grande porte de todas as regiões do país.
Do limão à limonada
Para Marina do MST, “a CPI se tornou um nicho onde se refugiaram bolsonaristas que são contra a melhoria da vida do povo brasileiro”. “Lá se encontram parlamentares com fortes vínculos com o desmatamento, grilagem de terras, trabalho escravo e outros crimes", afirma a parlamentar que vê como possível transformar a Comissão num espaço favorável para discutir as pautas pertinentes ao movimento, como o caso da reforma agrária.
"Já disse que devemos transformar o limão da CPI numa caipirinha para o povo brasileiro se divertir numa roda de samba, comemorar a reforma agrária, a agroecologia e fortalecer a luta social pela transformação de nosso país"
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O MST está organizado em 24 estados nas cinco regiões do país. De acordo com o MST, são cerca de 450 mil famílias que conquistaram a terra por meio da luta e organização dos trabalhadores rurais. As pessoas interessadas em apoiar o movimento, podem acessar o manifesto #tôcommst e preencher o formulário disponível no site.
Edição: Jaqueline Deister