Indicado de Lula

Zanin diz que atuará no STF 'sem qualquer tipo de subordinação a quem quer que seja'

Advogado começou a ser sabatinado por senadores da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) nesta quarta

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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Zanin vem sendo questionado sobre a sua relação com o presidente Luiz Inácio da Silva (PT) - Geraldo Magela/Agência Senado

O advogado Cristiano Zanin afirmou que atuará no Supremo Tribunal Federal (STF) “sem qualquer tipo de subordinação a quem quer que seja”. A declaração foi feita durante a sua sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, nesta quarta-feira (21).  

Zanin vem sendo questionado sobre a sua relação com o presidente Luiz Inácio da Silva (PT), que o indicou à vaga deixada por Ricardo Lewandowski.  

“Eu estou aqui hoje indicado pelo fato de ele [Lula] ter conhecido meu trabalho na advocacia, sem qualquer tipo de subordinação a quem quer que seja. Na minha visão, e acredito que é a visão do presidente Lula, um ministro do STF só pode estar subordinado à Constituição”, disse Zanin durante a sabatina.  

“A minha relação com Lula se estabeleceu ao longo do tempo enquanto advogado. Não fui padrinho do casamento do presidente Lula e prezo muito esta relação, assim como a relação que tenho com outras pessoas, inclusive deste Senado”, afirmou Zanin.  

“Neste ano, a única vez que estive com Lula foi o dia em que fui convidado a ir ao Planalto para receber o convite para ser indicado ao STF. Nessa reunião estavam os ministros da Casa Civil, da AGU, da Justiça e, por algum período, o senador Jacques Wagner e o ministro Alexandre Padilha. A minha relação com Lula tem esses contornos. Jamais vou negá-la. Ao contrário, sou grato ao presidente Lula por me indicar ao STF e que isso seja feito sob o crivo deste Senado.” 

Até o momento, cerca de seis senadores fizeram perguntas a Zanin, dentro de aproximadamente 23 parlamentares inscritos. O advogado foi inquirido principalmente sobre a sua relação com o presidente Lula e se tal proximidade pode influenciar a sua atuação dentro do STF. 

O advogado afirmou que irá assegurar a credibilidade do sistema de Justiça, “até porque defendi que esses critérios mecanismos fossem efetivamente utilizados para garantir a todo e qualquer cidadão um julgamento justo e independente”. 

 

Edição: Rodrigo Durão Coelho