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RJ: Operação contra roubo de carga e veículos deixa estudante ferida no Complexo do Chapadão

Segundo investigações, região se tornou uma das bases operacionais dos roubos; treze pessoas foram presas

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Desde o ano passado, foram recuperados mais de 200 veículos em operações para coibir esse tipo de crime no Rio de Janeiro - Reprodução

A Polícia Civil realizou nesta sexta-feira (16) mais uma etapa da Operação Torniquete, para combater o roubo de cargas e veículos, no Complexo do Chapadão, na Zona Norte do Rio. No total, 13 pessoas foram presas e 24 veículos foram recuperados. 

Um tiroteio durante a operação atingiu uma estudante na perna, de acordo com o portal G1. Ela teria sido baleada dentro de um colégio particular em São João de Meriti. Outras duas pessoas foram socorridas após o confronto. A polícia não divulgou a identidade e o estado de saúde das vítimas.

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De acordo com as investigações, o Complexo do Chapadão se tornou uma das bases operacionais de uma facção criminosa que fornece armamento pesado (fuzis, pistolas e granadas) para roubos de veículos e de cargas. Os assaltos acontecem principalmente em bairros das zonas Sul, Norte e Oeste do Rio, além da municípios da Baixada Fluminense, Niterói e São Gonçalo, na Região Metropolitana. 

Em um dos casos, em abril de 2022, uma idosa foi arrastada por 400 metros quando ficou presa ao cinto de segurança durante o assalto, no bairro Pavuna, na Zona Norte da capital. Já neste ano, criminosos do Chapadão fizeram um motorista de caminhão como refém.

Segundo a polícia, o produto desses roubos é levado para o interior do Chapadão e outras comunidades com atuação do Comando Vermelho (CV).  

Os agentes constataram, ainda, crimes como armazenamento, transbordo e revenda das cargas roubadas para receptadores; clonagem de veículos e desmanche para revenda de peças; uso dos automóveis roubados para cometimento de outros crimes e outras práticas criminosas.

A operação desta sexta (16) foi baseada em dados de delegacias especializadas, cruzados com informações do Instituto de Segurança Pública (ISP) e da Subsecretaria de Inteligência da Polícia Civil (SSINTE).

Edição: Clívia Mesquita