A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (15) uma nova queda no valor da gasolina vendida às distribuidoras. O novo valor, praticado a partir de sexta-feira (16) será de R$ 2,66 por litro. Como o preço ao consumidor final depende de vários outros fatores, a companhia afirma que o preço médio pode atingir os R$ 5,33 por litro.
Segundo a Petrobras, a redução do preço "tem como objetivos principais a manutenção da competitividade dos preços da companhia frente às principais alternativas de suprimento dos seus clientes e a participação de mercado necessária para a otimização dos ativos de refino em equilíbrio com os mercados nacional e internacional".
O cálculo para o consumidor final leva em conta, por exemplo, a mistura obrigatória de 73% de gasolina e 27% de etanol anidro para composição da gasolina que chega às bombas. Além disso, são somados impostos, misturas de biocombustíveis e os lucros das distribuidoras e postos de gasolina.
Ao anunciar a redução, a Petrobras reforçou sua nova política de preços, anunciada em maio, destacando que "busca evitar o repasse da volatilidade conjuntural do mercado internacional e da taxa de câmbio".
A nova política foi anunciada em maio, quando foi encerrada a paridade com o mercado internacional, adotada pelo governo golpista de Michel Temer (MDB) e reforçada no mandato de Jair Bolsonaro (PL), que fez o Brasil ter um dos combustíveis mais caros do mundo enquanto pagava dividendos astronômicos a acionistas.
Desde então, a empresa deixou de se colocar obrigatoriamente alinhada aos preços praticados no exterior (e que tinham forte influência do câmbio, por exemplo), e passou a considerar a participação da Petrobras em cada mercado e região onde a empresa atua. Além disso, a empresa informou que foram levadas em consideradas "a otimização dos nossos ativos de refino e a rentabilidade de maneira sustentável".
A Petrobras garante que a política de preços garante a realização dos investimentos previstos no Planejamento Estratégico da companhia, ao mesmo tempo em que permite maior previsibilidade nos preços praticados, já que eles deixam de estar sujeitos a variações súbitas em mercados no exterior. Os reajustes nos preços não têm periodicidade definida.
Edição: Rodrigo Durão Coelho