O presidente russo, Vladimir Putin, disse que a contraofensiva ucraniana havia começado, mas as Forças Armadas da Ucrânia não atingiram seus objetivos em nenhum dos setores da linha de frente.
"Podemos afirmar com certeza que esta ofensiva começou. E isso é evidenciado pelo uso das reservas estratégicas do exército ucraniano. Esse é o primeiro [ponto]. Em segundo lugar, em nenhuma das áreas de hostilidades as tropas ucranianas cumpriram as tarefas que lhes foram atribuídas. Isso é muito óbvio", disse Putin a jornalistas.
O presidente da Federação Russa acrescentou que "nos dias de hoje estamos testemunhando perdas significativas das tropas do regime ucraniano". "Sabe-se que durante as operações ofensivas, as derrotas de cerca de três para um são um clássico. Mas, neste caso, excede significativamente os indicadores clássicos. Não vou reproduzir esses números, mas são impressionantes", disse Putin.
"Todas as tentativas de contraofensiva feitas até agora falharam. Mas o potencial ofensivo das tropas do regime de Kiev ainda está preservado. Parto do fato de que a liderança militar da Rússia avalia realisticamente a situação atual e partirá dessas realidades, construindo nossas ações em um futuro próximo", acrescentou o presidente russo.
O Ministério da Defesa da Rússia afirma que o exército ucraniano começou a avançar na fronteira administrativa das regiões de Donetsk e Zaporozhye, ambas localizadas na Ucrânia, em 4 de junho, mas as forças russas, nas palavras do ministro da Defesa de Putin, Seguei Shoigu, "romperam" a ofensiva.
As autoridades ucranianas, por sua vez, deixaram claro que ainda é muito cedo para falar sobre o início de uma contraofensiva em larga escala, reconhecendo apenas ofensivas em determinados setores da linha de frente.
Edição: Patrícia de Matos