Neste sábado (3), um ato está sendo organizado para manifestar contra a lesbofobia em frente ao Museu do Amanhã, na zona Portuária do Rio de Janeiro, a partir das 12h. O restaurante Casa do Saulo, localizado no museu, foi palco de agressões físicas e verbais cometidas por uma mulher contra a chef de cozinha Isabela Duarte, o auxiliar de cozinha, Henrique Lixa, e outros trabalhadores e clientes, no último sábado (27).
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A agressora, identificada como Juliana de Almeida Cezar Machado, se apresentou como desembargadora, mas na verdade é psicóloga. Suas agressões foram gravadas e, no vídeo que circula nas redes sociais, é possível ver Juliana ameaçando e proferindo ofensas homofóbicas e lesbofóbicas aos trabalhadores do local.
Isabela teve o braço cortado por estilhaços de vidro que a cliente lhe arremessou e Henrique está com a boca machucada em decorrência da agressão em seu rosto.
“Nas cenas que foram registradas, é evidente como as palavras ‘sapatão’ e ‘viado’ são ditas de forma ofensiva, para desqualificar os profissionais que buscavam resolver a situação no restaurante. Ser sapatão é um orgulho para nós e, por isso, seguimos lutando contra todas as formas de lesbofobia. Vemos que na própria chamada da mídia privada quando denuncia o crime, a palavra lesbofobia é apagada. No gerador de caracteres (famoso GC conhecido nas redações diz: agressão e homofobia)”, diz trecho da chamada do ato.
O caso foi registrado inicialmente como lesão corporal. No entanto, de acordo com o jornal O Dia, o registro foi revisto e a Polícia Civil informou à reportagem que instaurou inquérito para apurar os crimes de injúria homofóbica, lesão corporal e ameaça. Os envolvidos e testemunhas estão sendo ouvidos.
Edição: Mariana Pitasse