O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, dissolveu nesta segunda-feira (29/05) o Parlamento e convocou eleições antecipadas após a derrota da centro-esquerda nas eleições regionais e municipais do último fim de semana.
Dissolver o Parlamento está previsto na Constituição do país. Com isso, Sánchez se demite do cargo e chamou eleições para 23 de julho. Ainda não há confirmação se ele irá concorrer ou não pelo Partido Socialista Operário Espanhol (Psoe).
A decisão do líder do Psoe causou surpresa, uma vez que o país assumirá a Presidência rotativa da União Europeia no segundo semestre e a atual legislatura terminaria naturalmente no fim deste ano.
"Acabei de ter uma reunião com o rei [Felipe VI], durante a qual comuniquei a decisão de dissolver o Parlamento e convocar eleições gerais", disse Sánchez em um discurso em rede nacional.
Segundo ele, a decisão foi tomada por conta do significado dos resultados das eleições regionais e municipais deste domingo (28/05).
O Partido Popular (PP), de direita, manteve o domínio na cidade e na comunidade autônoma de Madri e conquistou seis regiões que eram governadas pela centro-esquerda.
Na maior parte dessas comunidades autônomas, o PP terá de governar em aliança com o partido de extrema direita Vox, mas a legenda também triunfou em cidades importantes, como Sevilha e Valencia. Em âmbito nacional, o PP recebeu 31,5% dos votos, contra 28,1% do Psoe.
Eleição regional
As eleições municipais e regionais ocorridas neste domingo na Espanha tiveram dois vencedores, ambos do setor de direita.
Das 12 comunidades, de um total de 17 em toda Espanha, que realizaram sua eleição neste domingo, o PP venceu em sete: Aragón, Baleares, Cantábria, Múrcia, La Rioja, Valência e na Comunidade de Madri.
As vitórias mais importantes foram em Aragón, Baleares, La Rioja e Valência, que eram governadas pelo PSOE, que manteve o governo das comunidades de Astúrias, Castilla, Extremadura e Ilhas Canárias.