Profissionais da rede estadual de ensino realizaram um protesto, nesta sexta-feira (26), na Avenida Presidente Vargas, no centro do Rio de Janeiro, exigindo a implementação do piso salarial nacional do magistério não só para docentes que recebem menos que o valor estabelecido na lei.
Durante o ato, diversas faixas foram levantadas pedindo o pagamento do piso nacional. Nas redes sociais, o Sindicato dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe) denunciou violência da Polícia Militar com os manifestantes.
O ato foi realizado como resposta à decisão do governo do estado, que na última quarta-feira (24), anunciou que criaria um decreto que beneficia apenas as carreiras dos docentes. Após o comunicado, os profissionais decidiram manter a greve por entender que a medida não beneficia a todos que trabalham na área.
Em nota, o Sepe informou que "o Rio de Janeiro paga o pior salário do Brasil para os educadores da rede estadual: enquanto o piso nacional é de R$ 4.420, o professor de uma escola estadual tem um piso de R$ 1.588 como vencimento base (18 horas semanais). Os funcionários administrativos (serventes, merendeiras, porteiros, inspetores de alunos etc), em sua maioria, recebem um piso menor do que o salário mínimo (R$ 802,00)".
Além disso, o Sepe diz estar aberto à negociação, mas que não pode aceitar que o plano de carreira da categoria seja destruído.
"Não podemos aceitar que esta venha com o risco de que, ao fim e ao cabo, ela destrua o nosso plano de carreira, tão duramente conquistado ainda nos anos 80, venha a ser destruído a partir de promessas de que "assim que a justiça permitir" o plano será pago", disse o sindicato em nota.
Os trabalhadores estão em greve desde o último dia 17 de maio, e reivindicam o pagamento do piso, com o cumprimento do plano de carreira. A próxima assembleia está marcada para o dia 1º de junho.
Edição: Jéssica Rodrigues