Nesta quinta-feira (25), cerca de 180 movimentos sociais e organizações políticas se uniram na organização de atos no Rio de Janeiro contra o racismo e em solidariedade ao jogador do Real Madrid, Vinícius Júnior, vítima de ataques racistas no último domingo (21) em uma partida contra o Valencia, na Espanha.
Durante a manhã, uma comissão foi até o Consulado da Espanha, na zona sul do Rio de Janeiro e entregou um documento assinado pelas organizações exigindo ações antirracistas e punições aos agressores de Vinícius Júnior.
Além disso, uma manifestação está marcada para às 17h no centro da cidade, com concentração na Candelária e caminhada pela Avenida Rio Branco. As organizações convidam todos a comparecerem para denunciar o caso, mostrar solidariedade ao jogador e dizer que o racismo não pode ficar impune.
Entre os movimentos sociais e as organizações políticas que organizam os atos estão a Educafro, o Movimento Popular de Favelas (MPF), o Movimento Torcedores pela Democracia e a Central Única dos Trabalhadores do Rio de Janeiro (CUT-RJ).
Entenda o caso
No domingo, dia 21, o jogador de futebol do Real Madrid da Espanha, recebeu gritos e xingamentos racistas de torcedores do Valencia, clube contra o qual seu time jogava. Ele também foi agredido com um mata-leão pelo jogador adversário, Hugo Duro, e depois expulso do jogo.
Outras nove denúncias de racismo contra o jogador estão registradas desde 2021 sem conclusão. Pela primeira vez, o governo brasileiro, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se manifestou e cobrou medidas das autoridades espanholas.
Em suas redes sociais, o jogador se pronunciou dizendo que “o racismo é o normal na La Liga. A competição acha normal, a Federação também e os adversários incentivam. Lamento muito. O campeonato que já foi de Ronaldinho, Ronaldo, Cristiano e Messi hoje é dos racistas. Uma nação linda, que me acolheu e que amo, mas que aceitou exportar a imagem para o mundo de um país racista”.
Edição: Jéssica Rodrigues