Câmara

Prevista para esta quinta, entrega de parecer sobre novo arcabouço fiscal deve ser adiada

Relator Cláudio Cajado aguarda presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, retornar de viagem ao exterior

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
"PLP é projeto moderno, contemporâneo, que tem conceitos de políticas públicas cíclicas e anticíclicas", afirma Cajado - Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados

 

Atualmente em fase de tramitação na Câmara dos Deputados, a proposta do novo arcabouço fiscal pode ter a entrega do parecer adiada na Casa. A data inicialmente prevista pelos parlamentares era esta quinta-feira (11), mas o relator da medida, deputado Cláudio Cajado (PP-BA), aguarda o presidente Arthur Lira (PP-BA) retornar de viagem ao exterior para fazer as últimas tratativas e fechar o texto. O voo de Lira atrasou e ainda não se sabe ao certo que horas o mandatário retorna a Brasília nesta quinta.  

A proposta foi editada pelo governo Lula e tramita como Projeto de Lei Complementar (PLP) 93/2023. O texto tem o objetivo de substituir o atual Teto de Gastos, que foi aprovado pelo Congresso em 2016. O PLP aguarda a apresentação do parecer de Cajado para que o relatório possa ser debatido em detalhes pelos deputados e posteriormente votado.

“Eu estou concluindo o relatório. Ele ainda não está completamente finalizado, mas espero que, com a chegada hoje do presidente Arthur Lira, possamos já ter essa data para disponibilizar o relatório.  Estamos neste encaminhamento final. Estou ainda mantendo os contatos com as bancadas, estamos terminando o envio das considerações do governo para podermos concluir o relatório”, disse o deputado à imprensa.

Ele se reuniu nesta quinta com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, para discutir o assunto.  Cajado disse que considera “difícil” que o relatório seja publicado no sistema da Câmara ainda nesta quinta. “Vamos aguardar o momento em que Lira chega a Brasília. Se der tempo, a gente conclui as conversas e, se eu tiver que ficar em Brasília pra concluir o relatório noite adentro, nós estaremos dispostos a fazê-lo”, emendou o pepista.

A ideia do PLP é estipular regras que limitem o crescimento das despesas da União de forma menos rígida que o teto, que é constantemente criticado pelo campo progressista e pelo governo federal por impor balizas que prejudicam investimentos sociais. “[O PLP] é um projeto moderno, contemporâneo, que tem conceitos de políticas públicas cíclicas e anticíclicas, mantendo, portanto,  o funcionamento pleno do governo, com pisos de investimentos e teto de gastos. Isso é importante porque nós temos uma terceira geração de regra fiscal que não engessa tanto a política pública e principalmente o atendimento aos mais necessitados” afirmou Cajado nesta quinta.

A proposta começou a tramitar na Câmara e precisa do voto de 257 parlamentares para ser aprovada. Ainda para votação deve ser confirmada em breve.  O envio do PLP estava previsto na Emenda Constitucional 126, a chamada “PEC da Transição”, que foi aprovada no final de 2022 pelo Congresso Nacional.

Edição: Rodrigo Durão Coelho