Na manhã desta terça-feira (2), o médico Salim Michel Yazeji, acusado de abusar de pacientes durante consultas, prestou depoimento na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), no centro do Rio. O neurocirurgião deixou o local, por volta das 12h30, sem falar com a imprensa.
Salim, que já cumpriu pena por crime sexual, está novamente sendo acusado de abusar de uma paciente quando dava plantão no Centro Especializado em Reabilitação (CER), da Prefeitura do Rio, em novembro. Ele foi desligado da unidade após denúncia ser divulgada em reportagem do RJ2, da TV Globo.
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O neurologista foi contratado pela Secretaria Estadual de Saúde logo que deixou a prisão: ele tinha ficado preso por 1 ano e dois meses e saiu em outubro de 2021. A condenação foi por violação sexual mediante fraude, ou seja, ele se utilizou da consulta médica para abusar sexualmente da paciente, segundo a reportagem.
Pelo estado, Salim atuou como médico substituto na UPA de Botafogo, em junho de 2022 , e na UPA da Tijuca, de abril de 2022 a abril de 2023.
De acordo com a Fundação Saúde, que administra hospitais do estado, o médico não fazia parte do quadro fixo de plantonistas. O profissional foi contratado como pessoa jurídica.
A fundação diz ainda que, na admissão, ele com o CRM ativo e regular no Cremerj e atendeu aos requisitos previstos no processo seletivo, apresentando a documentação exigida.
A Secretaria Estadual de Saúde informou que Salim Michel foi afastado da UPA da Tijuca logo depois que a reportagem do RJ2 revelou a ficha criminal dele.
Edição: Mariana Pitasse