Quatro policiais militares suspeitos de envolvimento no estupro de uma jovem de 18 anos em Saquarema, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, foram presos na última segunda-feira (1º). A vítima e uma amiga relatam que foram abordadas por dois agentes dentro de um bar sob suspeita de estarem com drogas.
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De acordo com a Corregedoria da Polícia Militar, elas teriam sido levadas para um terreno deserto onde ocorreu o estupro. A investigação analisou dados do GPS das viaturas utilizadas pelos policiais e imagens das câmeras de monitoramento da cidade.
Os policiais presos são o sargento Diogo Viana Lourenço, o cabo Sanclair Marinho Antunes Corecha, ambos do 25º BPM de Saquarema, o cabo Alexsander Moreira de Simas (UPP) e o cabo Gerson Jucá Quirino Rolim de Paula (UPP), identificado pela vítima como o autor do crime. O laudo do IML confirmou o estupro.
Segundo a denúncia, Alexsander Moreira Simas, Sainclair Marinho Antunes Corecha e Diogo Viana também foram presos porque estavam presentes e não fizeram nada para evitar o crime.
O portal G1, que teve acesso ao depoimento da jovem, noticiou que vítima disse ter sido algemada, xingada, e agredida pelo cabo Gerson de Paula. Ele ainda teria ameaçado matá-la com um canivete.
No depoimento a vítima afirma que ouviu um policial dizer ao suspeito: “você não perde essa mania". Após a violência sexual, as mulheres foram deixadas no mesmo bar onde ocorreu a abordagem.
Homenagem na Câmara
No dia 4 de abril, o sargento Diogo Viana Lourenço e o cabo Sanclair Marinho Antunes receberam a medalha de bravura Cleyson da Costa Almeida da Câmara Municipal de Saquarema.
A homenagem é concedida a pessoas “que mereçam destaque por seus feitos e comportamento exemplar ou por atos de coragem e bravura no cumprimento do dever e relevantes serviços prestado à população ou ao seus Poderes Públicos”, segundo a Câmara.
Em nota, a Casa informou que diante da gravidade dos fatos aguarda que a justiça seja feita. "A Câmara Municipal entrará em contato com a Corregedoria da Polícia Militar para saber o andamento das investigações e para revogar a homenagem caso se comprove a omissão no dever de agir perante a vítima”, diz trecho da nota.
Edição: Clívia Mesquita