Pelo que já escutei falar, o Lula tem procurado ouvir e entender as demandas dos povos indígenas
Em abril, mês de luta para os povos indígenas, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) completou seus primeiros 100 dias. A pergunta que fica é: o que já foi feito e o que falta fazer pelos povos originários do país? Quem responde, são meninos e meninas de diferentes etnias, na edição de hoje (19) do Radinho BdF, que reforça as mobilizações por direitos indígenas no país.
“Eu não sei se esse governo pode ser melhor, mas pelo que já escutei falar, o Lula tem procurado ouvir e entender as demandas dos povos indígenas”, disse Luany Victoria, de 13 anos, que mora em Manaus e é da etnia Baré.
Nesse período, o governo Lula criou o Ministério dos Povos Indígenas, um órgão do governo dedicado apenas a pensar em políticas para proteger os direitos das crianças e adultos indígenas. Ele também recriou o Conselho Nacional de Política Indigenista, para discutir ações para a população originária e reestruturou a Funai, agora chamada de Fundação Nacional dos Povos Indígenas, que pela primeira vez está sob o comando de uma mulher indígena, a Joenia Wapichana.
“Recentemente saiu na TV que o presidente ele foi pessoalmente em uma comunidade Yanomami e providenciou ajuda para eles, porque muitas pessoas estavam padecendo, inclusive crianças”, diz Luany.
Invasão, fome, doenças, violência e destruição da floresta. Quando denúncias de que indígenas Yanomami estavam sofrendo violações de direitos vieram à tona, o presidente Lula foi pessoalmente até a Terra Indígena Yanomami, no estado de Roraima, ver o que estava acontecendo.
Ele declarou situação de emergência de saúde pública e vários órgãos do governo passaram a trabalhar juntos para promover segurança, saúde e dignidade para os Yanomami. Ao mesmo tempo, o presidente revogou uma medida do antigo governo, que pretendia autorizar a mineração em terras indígenas.
Muito a fazer
As crianças indígenas reforçam: não é porque Lula tomou medidas importantes para os povos originários que o jogo está ganho, pelo contrário: ainda há um longo caminho quando o assunto é ampliação de direitos e combate ao preconceito contra povos indígenas.
Proteger as florestas e todo meio ambiente, por exemplo, foi um dos compromissos assumidos pelo presidente Lula durante a campanha. Essas medidas podem ajudar muito os povos indígenas, porque os que vivem junto à natureza costumam ter uma relação de muito respeito e ajuda com ela.
Copiô, parente?
O Radinho BdF vem cheio de jogos e brincadeiras, alguns deles saídos direto das aldeias. Na edição de hoje, as crianças aprendem a falar algumas palavras em Kokama, uma das 274 línguas indígenas faladas no Brasil. De quebra, elas ainda aprendem a brincar de jogos tradicionais do povo Pataxó.
Na Hora da História quem faz a festa é o autor indígena Daniel Munduruku, que conta uma lenda tradicional para os ouvintes do Radinho.
E a Vitrolinha BdF sobe o som para “Chegança”, de Antônio Nóbrega, “Retomada”, da indígena Katú Mirim, e “Todo Dia era Dia de Índio”, na voz da Baby do Brasil.
Sintonize
O programa Radinho BdF vai ao ar às quartas-feiras, das 10h às 10h30, na Rádio Brasil Atual. A sintonia é 98,9 FM na Grande São Paulo. A edição também é transmitida na Rádio Brasil de Fato, às 9h, que pode ser ouvida no site do BdF.
Em diferentes dias e horários, o programa também é transmitido na Rádio Camponesa, em Itapeva (SP), e na Rádio Terra HD 95,3 FM.
Assim como os demais conteúdos, o Brasil de Fato disponibiliza o Radinho BdF de forma gratuita para rádios comunitárias, rádios-poste e outras emissoras que manifestarem interesse em veicular o conteúdo. Para fazer parte da lista de distribuição, entre em contato pelo e-mail: [email protected].
Edição: Sarah Fernandes