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ECONOMIA

Em ato no Rio contra política do Banco Central, manifestantes pedem menos juros e mais empregos

Para sindicalistas e movimentos populares, Campos Neto, indicado de Bolsonaro para o BC, perdeu a legitimidade

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
banco central
Ato saiu da praça da igreja da Candelária e marchou até a sede do Banco Central, na Avenida Presidente Vargas - CUT RJ

Manifestantes, movimentos populares e centrais sindicais fizeram um ato no centro do Rio de Janeiro na última terça-feira (21) para protestar contra a política de juros do Banco Central (BC) e pedir a saída do presidente da instituição, Roberto Campos Neto, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

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O presidente do Sindicato dos Bancários do Rio, José Ferreira, destacou a importância da unidade da classe trabalhadora para uma queda consistente dos juros. 

"A unidade do movimento sindical é fundamental nesta luta pois somente com a pressão popular é que àqueles burocratas encastelados no BC serão forçados a mudar de posição e reduzir os juros", destacou. O sindicalista bancário disse ainda que falta legitimidade para Campos Neto continuar no cargo. 

"Campos Neto foi indicado pelo governo derrotado nas eleições, portanto lhe falta legitimidade pois a política econômica de altas taxas de juros que ele está implementando foi rejeitada por 60 milhões de brasileiros e brasileiras que elegeram Lula presidente", acrescentou.

Nesta quarta-feira (22), Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central define a taxa básica de juros da economia, a Selic. A previsão é que seja mantido o aperto monetário com a manutenção da Selic em 13,75%, mesmo com as pressões do governo federal para redução da taxa.

Durante o ato, o presidente da CUT-Rio (Central Única dos Trabalhadores), Sandro Cezar, chamou de extorsão as taxas de juros. 

"Os juros no país são uma verdadeira extorsão praticada pelos bancos contra o povo brasileiro", afirmou. Ele lembrou que o povo elegeu Lula para mudanças no atual modelo econômico. 

"O voto do nosso povo aponta para a retomada do desenvolvimento e a distribuição de renda e não para manter mais de 30 milhões de pessoas que não comeram um pedaço de pão pela manhã e não sabem se terão o que comer à noite", criticou, referindo-se ao aumento da insegurança alimentar no Brasil, nos últimos quatro anos. 

Edição: Eduardo Miranda