Na última semana, o Ministério da Saúde informou que a campanha de vacinação contra a mpox, doença antigamente chamada de “varíola dos macacos”, seria iniciada em todos os serviços de vacinação do Brasil.
Embora algumas das principais cidades do país já tenham iniciado o esquema vacinal na segunda-feira (13), no Rio de Janeiro, a aplicação das doses ainda não teve início.
Procurada pelo Brasil de Fato, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio disse que aguarda o envio de doses do Ministério da Saúde para iniciar a vacinação. No entanto, não deu detalhes de previsão de início.
Quem poderá ser vacinado?
De acordo com o Ministério da Saúde, a primeira fase da campanha focará em grupos de risco para as formas graves da doença, como pessoas que vivem com HIV/aids e profissionais de laboratórios que atuam em locais de exposição ao vírus.
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Com cerca de 47 mil doses disponíveis no Programa Nacional de Imunizações (PNI) para uso na população, o esquema de vacinação tem indicação de duas doses para cada pessoa.
No caso da vacinação pré-exposição ao vírus, receberão as doses as pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA) com status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses [condição que deixa o sistema imune menos capaz de combater determinadas infecções]. De acordo com o Ministério da Saúde, este público representa atualmente cerca de 16 mil pessoas em todo o país.
Também profissionais de laboratório que trabalham diretamente com Orthopoxvírus [a família do vírus da monkeypox] em laboratórios com nível de biossegurança 3 (NB-3), de 18 a 49 anos de idade.
Já no caso da vacinação pós-exposição ao vírus, receberão as doses pessoas que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas, prováveis ou confirmadas para mpox, cuja exposição seja classificada como de alto ou médio risco, conforme recomendações da OMS.
Mudança de nome
A mudança de nomenclatura de monkeypox para mpox foi anunciada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 28 de novembro de 2022, após denúncias de discriminação e racismo e de notícia de assassinato de macacos no Brasil. O prazo para que o mundo adote a nova nomenclatura é de um ano. A monkeypox não é uma doença de macacos, nem se trata de uma doença nova ou um vírus novo, tendo sido descrita em 1958.
Edição: Mariana Pitasse