Rio de Janeiro

ALIMENTOS

Rio está entre as capitais com queda no valor da cesta básica em fevereiro, aponta Dieese

Apesar do recuo, capital fluminense ainda tem uma das cestas mais caras, atrás apenas de São Paulo e Florianópolis

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Entre fevereiro de 2022 e fevereiro de 2023, a comparação dos valores mostrou que a cesta apresentou alta em todas as capitais - Tânia Rêgo/ Agência Brasil

O Rio de Janeiro apresentou queda no valor dos alimentos que compõem a cesta básica no mês de fevereiro, segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), na Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. A variação na capital foi de -3,15%.

Leia mais: Alta de alimentos pressiona inflação e turbina disputa entre governo e BC

Além da capital fluminense, outras 12 das 17 capitais onde o Dieese realiza a pesquisa mensalmente também tiveram redução do valor da cesta básica. Entre janeiro e fevereiro de 2023, as reduções mais importantes ocorreram em Belo Horizonte (-3,97%), Rio de Janeiro (-3,15%), Campo Grande (-3,12%), Curitiba (-2,34%) e Vitória (-2,34%). Já as elevações foram observadas em quatro capitais do Norte e Nordeste: Belém (1,25%), Natal (0,64%), Salvador (0,34%) e João Pessoa (0,01%).

As capitais com a cesta mais cara foram: São Paulo (R$ 779,38), Florianópolis (R$ 746,95), Rio de Janeiro (R$ 745,96) e Porto Alegre (R$ 741,30). Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 552,97), Salvador (R$ 596,88) e João Pessoa (R$ 600,10).

Alta em um ano

Entre fevereiro de 2022 e fevereiro de 2023, a comparação dos valores mostrou que a cesta apresentou alta em todas as capitais, com variações que oscilaram entre 3,91%, em Vitória, e 15,33%, em Belém. Nos dois primeiros meses do ano, o custo do conjunto de gêneros alimentícios básicos aumentou em sete cidades, com destaque para as variações registradas em Recife (7,40%), Natal (7,15%), João Pessoa (6,81%) e Aracaju (6,13%). As quedas mais importantes ocorreram em Campo Grande (-3,26%) e Porto Alegre (-3,18%).

Com base na cesta mais cara, que, em fevereiro, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação,
moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.

Em fevereiro de 2023, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.547,58, ou 5,03 vezes o mínimo reajustado em R$ 1.302,00. Em janeiro, o valor necessário era de R$ 6.641,58 e correspondeu a 5,10 vezes o piso mínimo. Em fevereiro de 2022, o mínimo necessário deveria ter ficado em R$ 6.012,18 ou 4,96 vezes o valor vigente na época, que era de R$ 1.212,00.

Edição: Eduardo Miranda