Rio de Janeiro

CARNAVAL CARIOCA

Mangueira anuncia a cantora Alcione como enredo do desfile da escola no carnaval de 2024

Artista maranhense de 75 anos é dona de um Grammy Latino e desfile pela Verde e Rosa desde os anos 1970

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
alcione mangueira
Convite foi feito pela presidente da Mangueira na casa de Alcione, no Rio - Divulgação

A Mangueira, escola de samba mais tradicional do carnaval, anunciou na última terça-feira (14) que a cantora Alcione será o enredo para o desfile de 2024 na Marquês de Sapucaí.

"Estou muito honrada e emocionada com o convite. Nunca imaginei tamanha homenagem", disse Alcione, que encontrou integrantes da Verde e Rosa, escola na qual ela desfile há anos.

 O lançamento do enredo e logo oficial acontecerá no dia 28 de abril, quando a Estação Primeira de Mangueira completa 95 anos de existência.

A presidenta da Mangueira, Guanayra Firmino, disse que esse é um desejo de mais de uma década e que agora, finalmente, o convite foi feito à cantora maranhense. A Marrom recebeu os integrantes da Mangueira em sua casa, no Rio de Janeiro, onde foi feito o convite.

Em seu site, a Verde e Rosa já alterou a capa com uma homenagem à cantora em que são reproduzidas fotos de diversas épocas e fases da artista. A cantora desfila na Mangueira desde os anos 1970.


A Marrom tem suas fases contadas na capa do site da Mangueira / Reprodução

Alcione Dias Nazareth nasceu em 21 de novembro de 1947, em São Luís. Começou, ainda menina, a se apresentar musicalmente. Fez sucesso no Maranhão, se apresentando em bares e boates. Aos 18 anos, se formou como professora primária. Em 1972, ela decidiu tentar novos voos como artista no Rio de Janeiro.

Ao longo de sua carreira, Alcione coleciona muitos sucessos e já lançou mais de 30 discos. Seu primeiro álbum, "A Voz do Samba", foi lançado em 1975. A artista também já foi diversas vezes indicada ao Grammy Latino e conquistou o prêmio da música em 2003. 

No Carnaval de 2023, a Mangueira levou para a Sapucaí o enredo "As Áfricas que a Bahia canta", abordando a diversidade e a pluralidade de construções, imaginações e recriações de África através dos cortejos negros do carnaval baiano e destacando a centralidade da musicalidade e o forte protagonismo feminino.

Edição: Eduardo Miranda