Entre os dias 6 e 8 de março, as mulheres do Movimento das Trabalhadoras e Trabalhadores Rurais Sem Terra(MST) realizam uma jornada de luta denunciando o avanço do agronegócio, a fome e a violência.
Para falar sobre isso, o programa Central do Brasil desta terça-feira(07) entrevistou Lucineia Freitas. Ela é dirigente nacional do setor de gênero do MST.
Além de relatar a programação da jornada, Lucineia afirmou que as mulheres são as mais prejudicadas pelo agronegócio
"Com o avanço agronegócio, as mulheres são as mais impactadas. Esse modelo de produção gera fome e violência. Para enfrentar a fome e a violência, desde a violência contra o território até a violência contra os nossos corpos, a gente precisa efetivar uma política de reforma agrária que comece a reorganizar a estrutura fundiária do Brasil", apontou.
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Ela cita que o agronegócio é o modelo de produção que gera fome e expulsa as mulheres de seus territórios no campo. Por isso, a jornada tem organizado, em quase todas as capitais, os acampamentos pedagógicos.
"Esses acampamentos têm a função de promover o processo de formação e organização das mulheres, troca de experiências e oficinas. É uma semana de luta. A gente vai ter também ações de solidariedade, com distribuição de alimentos. e feiras da Reforma Agrária", explicou.
Na entrevista, Freitas comentou as recentes ocupações de terra feitas por mulheres do movimento no interior da Bahia. Ela explicou que é uma ação permanente do MST e que o processo de ocupação de terra é condição para manter o processo de produção.
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"O MST, no último período, se destacou pelas ações de solidariedade. Estas ações foram possíveis porque nós produzimos alimentos. Para produzir alimentos, esse território precisou ser ocupado, negociado, precisou ter efetivado a política de assentamento", explicou.
A entrevista completa de Lucineia Freitas você acompanha na edição desta terça-feira do programa Central do Brasil
Assista agora ao programa completo
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O Central do Brasil é uma produção do Brasil de Fato. Ele é exibido de segunda a sexta-feira, ao vivo, sempre às 12h30, pela Rede TVT e por emissoras públicas parceiras espalhadas pelo país.
Edição: Rodrigo Durão Coelho