Plano de paz

Plano de paz da China para Ucrânia tem 'elementos positivos', diz secretário de Estado dos EUA

O presidente dos EUA, Joe Biden, havia criticado o plano de paz chinês, dizendo que ele apenas beneficia a Rússia

Rio de Janeiro |

As propostas da China para resolver a situação na Ucrânia têm aspectos positivos, acredita o governo dos EUA. A declaração foi do secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, nesta quarta-feira (1º).

"Existem alguns elementos positivos aí, inclusive coisas que, como a própria China já disse várias vezes no passado, são muito semelhantes às propostas da própria Ucrânia", disse Blinken durante visita oficial ao Uzbequistão.

De acordo com o secretário de Estado dos EUA, se a China levar a sério o plano proposto, deveria ter ajudado Kiev durante todo o ano passado.

Em 24 de fevereiro, no dia que a guerra da Ucrânia completou um ano de duração, o Ministério das Relações Exteriores da China publicou em seu site um plano de solução política para a crise contendo 12 pontos. Entre as principais propostas de Pequim: a necessidade de respeitar a soberania e a integridade territorial de todos os países, a retomada do diálogo direto entre Moscou e Kiev e um apelo para evitar uma nova escalada.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, por sua vez, ao comenta a iniciativa chinesa, disse que Pequim não ofereceu uma base para resolver a situação, mas apenas delineou seus pensamentos.

O plano chinês foi criticado pelo presidente dos EUA, Joe Biden, em entrevista no final de semana.

"Não vi nada no plano que indicasse que há algo que seria benéfico para qualquer pessoa além da Rússia se o plano chinês fosse seguido", disse Biden em entrevista à rede de televisão ABC.

Já o porta-voz do Kremlim, Dmitry Peskov, afirmou que o Kremlin está atento ao plano proposto pela China. Segundo ele, Moscou vai estudar seus detalhes, mas esse é um processo longo e trabalhoso. 

A porta-voz da chancelaria russa também observou que as propostas da China sobre segurança global são semelhantes à posição da Rússia, acrescentando que é muito cedo para falar em passos conjuntos em termos de implementação prática das propostas de Pequim.

Edição: Thales Schmidt