PERU

Ministério Público peruano pede 36 meses de prisão para Pedro Castillo

O pedido contra Pedro Castillo e outros dois ministros de seu governo será avaliado em audiência no dia 3 de março

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Pedro Castillo cumpre atualmente 18 meses de prisão preventiva - Ernesto Benavides /AFP

O Ministério Público do Peru solicitou na terça-feira (28) uma pena de 36 meses de prisão contra o ex-presidente Pedro Castillo por supostos atos de corrupção quando estava no comando do país.

O Ministério Público sustenta que o ex-presidente liderou uma suposta organização criminosa em modo de conluio agravado e tráfico de influência.

O pedido contra Castillo também recai sobre os ex-ministros Juan Silva (Transportes e Comunicações) e Geiner Alvarado (Habitação).

Tweet: 1. A Segunda Procuradoria Suprema Transitória Especializada em Delitos Cometidos por Funcionários Públicos solicitou a prisão preventiva do ex-presidente Pedro Castillo Terrones e dos ex-ministros Juan Silva Villegas e Geiner Alvarado López. 2. O pedido de prisão preventiva por 36 meses corresponde ao processo penal pelos crimes de organização criminosa, conluio e tráfico de influência.

O pedido contra o ex-presidente Casillo foi apresentado ao Supremo Tribunal de Justiça depois que o Ministério Público formalizou a investigação contra o ex-chefe de Estado em 21 de fevereiro.

A investigação do Ministério Público foi oficializada depois que o Congresso aprovou, em 17 de fevereiro, o relatório final de uma denúncia constitucional contra o ex-presidente, uma etapa prévia necessária.

Tweet: O Ministério Público formalizou a investigação preliminar contra Pedro Castillo. Em paralelo, seu advogado, Walter Ayala, entrou com um recurso na Comissão Interamericana de Direitos Humanos para libertar e restituir o ex-mandatário.

O pedido contra Pedro Castillo e outros dois ministros de seu governo será avaliado em audiência na próxima sexta-feira (3).

Pedro Castillo cumpre atualmente 18 meses de prisão preventiva pela investigação a que está sujeito pelo suposto crime de rebelião, por ter ordenado a dissolução do Parlamento no início de dezembro passado.

O ex-presidente aguarda uma resposta da Comissão Interamericana de Direitos Humanos ao recurso apresentado por seu ex-ministro da Defesa, Walter Ayala.

A apelação apresentada por Ayala argumenta que a destituição de Castillo é ilegal porque ocorreu sem que o Parlamento cumprisse o protocolo estabelecido pela lei.