Rio de Janeiro

CRIME ORGANIZADO

Justiça condena vereador de Nilópolis (RJ) e mais 14 pessoas por prática de crime de milícia

Condenado a cinco anos de prisão e afastado do cargo, Maurinho do Paiol liderava ações contra moradores

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
maurinho do paiol
Vereador de Nilópolis foi preso em março do ano passado, em operação da PF e do MP contra milícia que atua em Nilópolis - Reprodução/TV Globo

O juiz Marcello Rubioli, da 1ª Vara Criminal Especializada em Organização Criminosa, condenou o vereador Maurinho do Paiol (PSD) e mais 14 pessoas por integrarem uma organização criminosa voltada para a prática de milícia em bairros de Nilópolis, na Baixada Fluminense. 

Além da condenação a cinco anos de prisão, o réu foi afastado do cargo. Maurinho, que era vice-presidente da Câmara de Vereadores de Nilópolis, foi preso em março de 2022 na Operação Hoste.

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A Justiça aceitou a denúncia feita pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, por meio da 2ª Promotoria de Justiça Criminal. A denúncia destaca que Maurinho do Paiol liderava um grupo que praticava diversas ações criminosas contra moradores, como a exploração de serviços de "gatonet", venda ilegal de gás, comércio ilícito de cigarros e o exercício de controle sobre pontos de mototáxi, com a cobrança de taxas aos mototaxistas.

Faziam parte do grupo, que se utilizava de armas de fogo para intimidar os moradores da região, os policiais militares Wellington do Nascimento Mello, Jefferson Candido da Silva e Gerson Albino Macedo, que também foram condenados à perda do cargo.

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Em março do ano passado, Maurinho e mais 10 milicianos foram presos em uma operação da Polícia Federal com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público. O vereador e mais quatro integrantes eram integrantes da Polícia Militar. Dos 10 presos na época, cinco pertenciam à PM, sendo quatro da ativa e pertencentes aos batalhões 9º, 20º e 41º.

O nome da operação Hoste, na época, foi uma referência à maneira hostil e agressiva através da qual essa organização de pessoas impunha sua dominação na região.

Edição: Eduardo Miranda