Intolerância

Racismo religioso no BBB? Cristian, Gustavo e Key atacam participante candomblecista

Fred Nicácio foi criticado por, supostamente, rezar durante a madrugada. Atitude do trio gerou críticas na internet

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Key, Gustavo e Cristian conversam sobre Fred Nicácio - Foto: Divulgação/TV GLobo

Em conversa na manhã desta segunda-feira (20), três participantes do programa Big Brother Brasil, da TV Globo, atacaram um de seus pares, Fred Nicácio, que é candomblecista, por rezar durante a madrugada.

"Ele tava parado fazendo os negócios dele", disse Cristian, enquanto gesticulava com as mãos, simulando o colar de contas de Nicácio. "Eu tô cagado de medo", completou.

Gustavo comentou. "Eu comecei a rezar por isso, porque eu estava vendo isso. Aí eu fiquei mal e rezei também", afirmou o participante. Em seguida, Key se manifestou. "Pode parar com essa porra... Eu vou apertar o botão (de desistência), eu não fico aqui", afirmou.

Nas redes sociais, o trio foi criticado. "O nome disso aqui é racismo religioso. Sempre que tem alguém de religião de matriz africana dentro do BBB, que fala abertamente e professa sua fé, rola intolerância religiosa, rola racismo religioso. Não falha", afirmou a pedagoga e influenciadora digital Tati Nefertari.

No Brasil, intolerância religiosa é crime previsto em lei, de acordo com o Código Penal brasileiro. o Decreto-Lei número 2.848 afirma que é crime escarnecer publicamente por motivo de crença ou função religiosa, impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso, vilipendiar publicamente ato objeto de culto religioso. Quem comete esse crime pode pegar pena de detenção de um mês a um ano ou pagar multa.

Também pelo Twitter, a equipe do participante Fred Nicácio anunciou que irá à Justiça. "INTOLERÂNCIA RELIGIOSA É CRIME! A equipe jurídica do Dr Fred Nicácio já está com posse das imagens e tomará as medidas jurídicas cabíveis. Vale lembrar que não é a primeira vez que a religião do Fred é pauta como algo negativo."

Confira o vídeo e outras manifestações no Twitter:

Edição: Nicolau Soares