Goste-se ou não, o carnaval faz parte da identidade do Brasil. É uma das maiores manifestações culturais do planeta e uma festa democrática, que cabe todo mundo. Em entrevista ao Programa Bem Viver, o professor e carnavalesco Luiz Antônio Simas diz que considera a festa uma pedra fundamental na fundação do Brasil e no sonho de um país possível.
Simas avalia que o Brasil foi projetado a partir de uma ideia de exclusão. E que não é possível ficar em busca de discursos afáveis, conciliatórios, quando nossa história é formada a partir disso.
“Eu gosto de comparar o Brasil com um muro. Mas nas brechas desse muro, as pessoas vítimas da exclusão foram construindo sentidos. O carnaval foi trazido pelo colonizador europeu, mas foi ressignificado pelo povo brasileiro. Quando eu falo que o carnaval inventou o Brasil possível é porque, pra mim, o Brasil possível é o Brasil da diversidade, da solidariedade, da sociabilidade, que contesta um modelo hétero-patriarcal-normativo-branco. E esse Brasil se manifesta no carnaval”, afirma.
O programa desta segunda-feira (20) também mostra como, durante o governo de Jair Bolsonaro, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) gastou mais de R$ 5 milhões com salários-extras para militares em cargos de confiança. Levantamento realizado pela reportagem do Brasil de Fato descobriu acréscimos nos rendimentos mensais dos 74 militares que foram nomeados no órgão por Bolsonaro.
No momento agroecológico, o Programa Bem Viver vai mostrar a importância das farmácias vivas, que juntam saberes populares e medicamentos fitoterápicos.
"A Farmácia Viva é SUS. Trabalha diretamente com aquelas pessoas que não tem acesso a uma saúde diferenciada, mas que conseguem acesso às plantas medicinais, aos fitoterápicos, ao seu uso racional, fazendo com que tudo se transforme em saúde", pontua Kallyne Bezerra, coordenadora do programa Farmácia Viva Hortos Terapêuticos do Maranhão (MA).
Edição: Rodrigo Gomes