Para pressionar a redução da taxa de juros e uma nova condução econômica no Banco Central, entidades sindicais, partidos políticos e movimentos populares se reuniram e realizaram um protesto nesta terça-feira (14), no centro da capital fluminense. Entre as pautas principais da manifestação estavam a luta contra a autonomia do Banco Central e a saída do presidente, Roberto Campos Neto, que defende a política neoliberal da gestão anterior.
De fevereiro de 2021 a dezembro de 2022, o BC elevou a taxa básica de juros 11 vezes, saindo de dois pontos percentuais para 13,75%, sem que a alta inflacionária tenha sido causada pelo aumento de demanda, mas sobretudo pelos preços administrados.
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Na avaliação dos sindicalistas, a manutenção da atual taxa de juros trava o crescimento econômico, aumenta o desemprego e a fome sendo benéfica apenas para empresários e especuladores da bolsa de valores.
"A população precisa saber que juros altos significam menos empregos e menos dinheiro para comprar alimentos", disse a vice-presidenta da Central Única dos Trabalhadores no Rio de Janeiro (CUT-Rio), Duda Quiroga, durante o protesto.
O presidente do Sindicato dos Bancários do Rio, José Ferreira, também é contra a atual política de juros do Banco Central. "Quem ganha nessa matemática são as instituições financeiras e os fundos de investimento, sem produzir um alfinete", afirmou.
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A preocupação do governo Lula é com o decreto assinado pelo ex-presidente em 2021, que prevê o mandato de Campos Neto até 2024, inviabilizando a nomeação de um gestor alinhado à política econômica do atual governo.
Além da CUT-Rio, participaram do ato: a Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Central Sindical e Popular Conlutas (CSP), a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), a Frente Brasil Popular, a Frente Povo sem Medo, a Força Sindical, A União Geral dos Trabalhadores (UGT), o Levante Popular da Juventude, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o Partido dos Trabalhadores (PT), o Partido Comunista do Brasil (PCdoB), o Partido Socialismo e Liberdade (Psol), o Sindicato dos Bancários do Rio, a Federação das Trabalhadoras e dos Trabalhadores no Ramo Financeiro do Estado do Rio de Janeiro (Federa-RJ), a Confederação Nacional dos Trabalhadores (Contraf-CUT), os Comitês Populares de Luta e entidades estudantis e da sociedade civil.
Edição: Jaqueline Deister