A cesta básica de alimentos no Rio de Janeiro é a segunda mais cara do país, segundo pesquisa realizada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
No primeiro mês do ano, o valor teve um aumento de 2,32% em relação à dezembro e ficou em R$ 770,19, atrás apenas da capital paulista (R$ 790,57) que apresentou estabilidade. Em comparação com janeiro de 2022, o conjunto de alimentos no Rio aumentou 11,17%. Em São Paulo, a variação foi menor, de 10,75%.
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De acordo com a pesquisa, o Rio subiu duas posições no ranking entre os capitais com o maior custo médio da cesta básica em apenas um mês. O valor da cesta de alimentos comprometeu 63,95% da renda líquida dos trabalhadores em janeiro.
Mesmo com o aumento de 7,43% no salário mínimo, o tempo de trabalho necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 130 horas 8 minutos. Antes do reajuste, a jornada era de 136 horas 38 minutos.
O custo do quilo do feijão subiu em todas as capitais. O tipo preto, mais consumido entre os cariocas, registrou um aumento de 4,36% em 12 meses. A alta cotação pode ser explicadas pelo aumento do preço dos fertilizantes e menor oferta da leguminosa.
Aumento no nordeste
O valor do conjunto dos alimentos básicos aumentou em 11 das 17 capitais onde o Dieese realiza a pesquisa. Entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023, os maiores percentuais foram registrados nas cidades do Nordeste: Recife (7,61%), João Pessoa (6,80%), Aracaju (6,57%) e Natal (6,47%). Já as reduções mais importantes ocorreram nas capitais do Sul: Curitiba (-0,50%), Porto Alegre (-1,08%) e Florianópolis (-1,11%).
Com base na cesta mais cara, o Dieese afirma que o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido em janeiro de R$ 6.641,58, ou 5,10 vezes o mínimo reajustado em R$ 1.302,00, aponta do Departamento.
Edição: Clívia Mesquita