A Polícia Militar do Rio de Janeiro expulsou da corporação Ronnie Lessa, acusado de matar a vereadora Marielle Franco (Psol) e o motorista Anderson Gomes em março de 2018, no centro da capital fluminense. A decisão foi publicada na última quarta-feira (8). No ofício interno, a PM justifica a expulsão pela conduta de Lessa classificada como "execrável".
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Parlamentares amigas de Marielle afirmaram que a decisão da PM é tardia e que não há motivo para comemoração, já que a corporação demorou quatro anos para tomar uma atitude em relação ao então sargento reformado e agora ex-policial. Nas redes sociais, a deputada federal Talíria Petrone (Psol) comentou a decisão.
"Só agora a PMERJ expulsou Ronnie Lessa, condenado pelo assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes. Quase cinco anos após o crime, ainda queremos saber quem foi o mandante. Exigimos uma resposta contundente!", afirmou.
"Só agora? Finalmente, a PMERJ expulsou o matador de aluguel Ronnie Lessa, assassino de Marielle e Anderson. Ele era da reserva até hoje, 5 anos depois da execução covarde de nossa companheira. Se Lessa matou, quem pagou? Quem mandou matar Marielle?", disse a vereadora Mônica Cunha (Psol).
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Lessa e o ex-policial militar Élcio Queiroz estão presos desde 12 de março de 2019. Os dois respondem por duplo homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emboscada e recurso que dificultou a defesa da vítima) e pela tentativa de homicídio contra uma assessora de Marielle, que sobreviveu.
Além do processo relativo ao homicídio, Lessa já teve prisão preventiva decretada por lavagem de dinheiro e foi condenado em processos por tráfico internacional de armas e por ocultação das armas usadas no assassinato de Marielle e Anderson.
Edição: Eduardo Miranda