O ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom), anunciou nesta quinta-feira (26) mudanças no comando da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). A jornalista Kariane Costa, funcionária de carreira da empresa, deixa a presidência, que será assumida pelo também jornalista Hélio Doyle.
Costa assumiu a presidência no último dia 16, tendo sido anunciada poucos dias antes. Ela era representante eleita pelos empregados no Conselho de Administração da empresa, e foi alvo de perseguição pela gestão bolsonarista. Chegou a ter a demissão por justa causa definida pela direção da empresa. O processo, mais tarde, foi revertido, após pressão do coletivo de trabalhadores da estatal.
Ao fazer o anúncio das mudanças no Twitter, Pimenta agradeceu à presidenta e aos demais integrantes da direção interina, e prometeu diálogo para "fortalecer uma EBC democrática e de qualidade".
Nos próximos dias anunciaremos os demais nomes que irão compor a direção da @ebcnarede. Obrigado @kariane_costaDF em nome de quem cumprimento a direção interina com quem continuaremos dialogando para fortalecer uma EBC democrática e de qualidade. União e reconstrução!
— Paulo Pimenta (@Pimenta13Br) January 26, 2023
Pimenta anunciou ainda os nomes de novos diretores da empresa. As jornalistas Nicole Briones e Flávia Filippini, que já estavam fazendo parte da gestão transitória, estão entre as novas diretoras. A roteirista Antonia Pellegrino e o historiador Jean Lima completam a lista de indicados.
Novo presidente
Jornalista e professor aposentado da Universidade de Brasília (UnB), Hélio Doyle teve o nome cotado para a direção de jornalismo da EBC, mas acabou indicado para a presidência. Ele participou do Grupo de Trabalho (GT) de Comunicação Social na transição de governo.
Com extensa carreira em redações de jornais impressos, revistas e emissoras de televisão, trabalhou também em assessorias de imprensa e agências de publicidade. Teve papel de destaque em campanhas eleitorais, e chegou a ocupar o cargo de chefe da Casa Civil no governo do Distrito Federal (DF) durante a gestão de Rodrigo Rollemberg (PSB).
Edição: Nicolau Soares