Rio de Janeiro

MOBILIZAÇÃO

No Rio, camelôs realizam ato por melhores condições de trabalho

Manifestação organizada pelo MUCA e Movimento Trabalhadores Sem Direitos solicita reunião emergencial com a prefeitura

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Manifestação ocupou parte da Avenida Atlântica, em Copacabana - Foto: Arquivo Pessoal

Os trabalhadores informais realizaram, nesta quarta-feira (18), uma manifestação pelas ruas de Copacabana, bairro da zona Sul do Rio de Janeiro, para exigir diálogo com a prefeitura da capital fluminense e questionar as “ações arbitrárias” do governo municipal.

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A manifestação, organizada pelo Movimento Unido dos Camelôs (MUCA) e pelo Movimento Trabalhadores Sem Direitos, reuniu centenas de camelôs e saiu da Praça Serzedelo Correa e seguiu em caminhada pela Avenida Atlântica, numa faixa exclusiva para os manifestantes. 

Os trabalhadores carregavam faixas e cartazes com os dizeres: “Camelô não é saco de pancada!, “A comida dos meus filhos importa” e “Queremos a regulamentação do comércio ambulante”.


Manifestantes carregavam cartazes e faixas contra a violência dos agentes públicos / Foto: Arquivo Pessoal

A coordenadora geral do MUCA e coordenadora nacional do Trabalhadores Sem Direitos, Maria dos Camelôs, ressaltou a necessidade de melhores condições de trabalho para a categoria.

“Seguimos aguardando que o prefeito cumpra suas promessas de campanha e dê melhores condições de trabalho para a categoria. Ele segue sem dialogar e, pior, atuando com extrema violência contra ambulantes. Dia 20 é dia de São Sebastião e a gente está com essa imagem do santo padroeiro do Rio de Janeiro aqui para proteger os camelôs. O Eduardo Paes [prefeito] sempre anda com essa imagem debaixo do braço e nós queremos pedir ao prefeito que deixe os camelôs trabalharem. Somos trabalhadores! Vamos estar sempre na luta para colocar comida no prato dos nossos filhos!”, afirma a coordenadora do MUCA. 

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Além do ato, a assessoria jurídica do MUCA se reuniu com instituições em defesa dos direitos humanos, como o Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos da Defensoria Pública do Rio de Janeiro, a Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão do Ministério Público Federal (MPF), a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), a Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ) e o Núcleo de Assessoria Jurídica Universitária Popular Luiza Mahin da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). 

As instituições, conjuntamente, oficiaram a prefeitura e a Secretaria de Ordem Pública (SEOP) solicitando uma reunião emergencial para tratar das questões demandadas pelos trabalhadores ambulantes, além de solicitar informações sobre os casos de violência relatados. 

O Brasil de Fato procurou a SEOP para um posicionamento do órgão sobre as demandas dos camelôs. A reportagem não recebeu retorno até o fechamento da reportagem. O espaço segue aberto para manifestação da secretaria.
 

Edição: Jaqueline Deister