Rio de Janeiro

VIOLÊNCIA

Oito acusados de envolvimento na morte dos meninos de Belford Roxo se tornam réus

Segundo denúncia do Ministério Público do Rio, o crime foi autorizado pelo tráfico, mas os corpos nunca apareceram

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Belford roxo
Crianças foram vistos pela última vez no dia 27 de dezembro de 2020, quando saíram para brincar no campo de futebol - Reprodução

Nesta quarta-feira (18), oito pessoas denunciadas pelo envolvimento na morte dos meninos Fernando Henrique, de 11 anos, Alexandre da Silva, de 10, e Lucas Matheus, de oito, na favela do Castelar, de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, se tornaram réus.

No dia 27 de dezembro de 2020, os três amigos saíram para jogar bola no campo de futebol ao lado do condomínio onde viviam e nunca mais voltaram para casa. O caso teve ampla repercussão pela demora na apuração do crime. 

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A investigação sobre o desaparecimento das crianças só ocorreu 100 dias após o registro por parte da famílias. Os corpos jogados no rio nunca foram encontrados. A decisão que torna réus oito envolvidos no crime é do juiz Luís Gustavo Vasques, da 1ª Vara Criminal de Belford Roxo. O juiz também decretou a prisão preventiva de sete acusados. 

Segundo a denúncia do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), os meninos foram torturados e mortos por traficantes da comunidade por terem furtado um passarinho. De acordo com a investigação, um deles morreu durante a sessão de tortura, os outros dois foram executados.

Os acusados são Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca, seria um dos chefes do Comando Vermelho na época do crime; José Carlos dos Prazeres Silva, conhecido como Piranha, que teria sido morto; Wiler Castro da Silva, conhecido como Stala, apontado como "gerente" do tráfico de drogas na comunidade e parente do homem que teve o passarinho roubado; Victor Hugo dos Santos Goulart, conhecido como VT; Ana Paula da Rosa Costa, a Tia Paula; Ruan Igor Andrade de Sales conhecido como Melancia; Rafael Dias de Oliveira; e Júlio Cesar Carvalho Ramos, que responde por ocultação de cadáver.

*Com informações do G1

Edição: Clívia Mesquita