O Tribunal de Contas da União (TCU) acionou órgãos públicos federais e do Distrito Federal (DF) para que informem se receberam indícios de que bolsonaristas invadiriam a Praça dos Três Poderes para colocar em prática a destruição vista no último domingo (8).
Em despacho assinado pelo ministro Vital do Rêgo, o TCU ofereceu prazos entre cinco e 15 dias para que órgãos como a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), a Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF), Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e Casa Civil da Presidência, além das diretorias gerais do Senado e da Câmara dos Deputados respondam a diversos questionamentos.
O Tribunal de Contas abriu processo, sob relatoria de Vital do Rêgo, para investigar os danos causados pelos bolsonaristas e encontrar eventuais responsáveis entre agentes públicos que possam ter agido ou se omitido no processo que levou à destruição de patrimônio público.
No despacho, o ministro solicitou que a Abin, o GSI e a PM-DF informem se receberam ou não indícios de que os atos golpistas poderiam acontecer, e quais órgãos teriam eventualmente sido notificados. O prazo, nesse caso, é de cinco dias.
O TCU também solicitou acesso às perícias realizadas pela Polícia Federal e pelas polícias Civil e Militar do DF nos prédios do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF), alvos da horda bolsonarista.
No mesmo documento, Vital do Rêgo solicita que o ministro Alexandre de Moraes, do STF, encaminhe as informações que levaram ao afastamento do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB).
Edição: Nicolau Soares