A ministra da Saúde, Nísia Trindade, se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta terça-feira (10) para discutir as ações prioritárias da pasta nos primeiros 100 dias de governo.
Após o encontro, ela concedeu entrevista coletiva e falou sobre os objetivos definidos na reunião. Entre os pontos destacados estão um plano emergencial para redução de filas para a realização de cirurgias e exames pelo SUS, a retomada do programa Farmácia Popular e a realização de uma ampla campanha de vacinação a partir de fevereiro.
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Sobre o plano para a diminuição de filas de procedimentos, uma promessa de campanha de Lula, Nísia afirmou que "o Ministério da Saúde trabalha em uma lógica interfederativa, então vamos discutir com o Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde [Conass] e o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde [Conasems] agora, no dia 26 de janeiro, para a definição conjunta desse plano".
A ministra também afirmou que a pasta está negociando com os fabricantes de imunizantes para normalizar o fornecimento de vacinas, entre elas as doses pediátricas para vacinação contra a covid-19. Ela afirmou que foi negociado um adiantamento das entregas com o Instituto Butantan com a chegada, nos próximos dias, de 715 mil doses e, mais adiante, outras 2 milhões de doses.
Entrevista coletiva com a ministra da Saúde, NísiaTrindade https://t.co/jRe1i0BZSL
— Lula (@LulaOficial) January 10, 2023
O Ministério trabalha com o objetivo de iniciar em fevereiro uma ampla campanha de vacinação. O país está em uma crise sem precedentes em relação à imunização de crianças. Um estudo divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em novembro do ano passado mostrou que o Brasil está próximo de completar uma década sem conseguir alcançar a cobertura vacinal recomendada na imunização contra difteria, tétano e coqueluche. "Teremos o abastecimento dessas vacinas e aí nos restará trabalhar para que a sociedade vacine suas crianças", afirmou.
Outro ponto emergencial é a retomada do programa Mais Médicos. A ministra afirmou que o fim do programa deixou um vazio asssistencial em cidades pequenas e nas periferias de grandes cidades.
O enquadramento legal do programa não deve ser alterado, mas o ministério trabalha para pensar em incentivos para que os médicos brasileiros se candidatem às vagas oferecidas.
Edição: Thalita Pires