Rio de Janeiro

MUDANÇA

Nome escolhido para assumir a superintendência da PF no Rio atuou no caso Marielle

Leandro Almada é delegado da Polícia Federal há 14 anos e atuava no estado da Bahia exercendo a mesma função

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
O delegado já foi chefe da Delegacia de Repressão a Entorpecentes no Amazonas e coordenador de ensino da Academia Nacional de Polícia - Foto: Reprodução

Os superintendentes estaduais da Polícia Federal foram definidos na última segunda-feira (9) pelo diretor-geral Andrei Rodrigues. O nome escolhido para comandar o órgão no Rio de Janeiro foi de Leandro Almada, que investigou a atuação da Polícia Civil no caso dos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes.

De acordo com reportagem do G1, Almada, 52 anos, se formou em Direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e serviu o Exército por quatro anos antes de tornar-se delegado. Em 1997, ingressou na Polícia Civil de Minas Gerais, onde permaneceu por 10 anos. Na corporação, chegou a comandar a 4ª Delegacia Especializada de Homicídios de Belo Horizonte por dois anos. Em 2008 tornou-se delegado da Polícia Federal.

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Almada assume o lugar de Ivo Roberto Costa da Silva que veio do Espírito Santo e estava no cargo desde abril de 2022. Durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL), a PF do Rio de Janeiro teve quatro superintendentes.

Até ser nomeado para o cargo, Almada exercia a mesma função no estado da Bahia. O delegado também foi chefe da Delegacia de Repressão a Entorpecentes no Amazonas, coordenador de ensino da Academia Nacional de Polícia, delegado regional de Combate ao Crime Organizado (AM), delegado regional Executivo (AM) e superintendente regional da PF no Amazonas. 

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Sob o comando de Almada, a PF concluiu que houve obstrução na investigaçã dos assassinatos da vereadora Marielle e do motorista da parlamentar, Anderson, ocorridos em março de 2018. 

Na ocasião, o policial militar Rodrigo Jorge Ferreira acusou Orlando Oliveira de Araújo, conhecido como Orlando Curicica, de tramar o atentado contra Marielle junto com o vereador Marcello Siciliano (PP).

Orlando é suspeito de chefiar uma milícia em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio e em 2022 foi condenado a 25 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado.
 

Edição: Jaqueline Deister