Alerta

Saiba como prevenir e combater a proliferação de escorpiões e o que fazer caso seja picado

O soro antiescorpiônico, utilizado para tratar a picada, é disponibilizado apenas no Sistema Único de Saúde (SUS)

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
Segundo dados da Secretária de Saúde do DF, em 2022, foram registrados  2.187 casos de acidentes com escorpiões
Segundo dados da Secretária de Saúde do DF, em 2022, foram registrados  2.187 casos de acidentes com escorpiões - Divulgação/Ministério da Saúde

No último domingo (1), uma criança de dois anos foi picada por um escorpião enquanto dormia em casa. Ela foi levada às pressas ao Hospital Regional de Taguatinga (HRT) e, depois, transferida para a UTI do Hospital de Brasília, onde segue internada em estado grave. O caso acendeu um alerta na população. Saiba como prevenir a proliferação de escorpiões e o que fazer em caso de ser picado por um.

Segundo dados da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES DF), em 2022, foram registrados 2.187 casos de acidentes com escorpiões no DF, o que representa 216 ocorrências a mais do que no ano anterior. De acordo com o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, em 2021 o número de registros foi de 1.971.

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Sinais e sintomas 

Segundo a SES DF, a maioria dos casos de picada por escorpião, cerca de 87%, levam a quadros leves, que não necessitam da aplicação de soro antiescorpiônico . Entretanto, é preciso ficar atento à evolução e piora dos sintomas. Crianças e idosos são afetados de forma mais intensa pelo veneno. O soro antiescorpiônico, utilizado para tratar a picada, é disponibilizado apenas no Sistema Único de Saúde (SUS). 

Após a picada, a dor no local é imediata em praticamente todos os casos. Em seguida, podem surgir sintomas como sensação de formigamento, vermelhidão e suor no local. Após alguns minutos ou horas, principalmente em crianças, podem aparecer outros sintomas mais intensos, como tremores, náuseas, vômitos, produção excessiva de saliva. 

Prevenção 

O aparecimento de escorpiões em casas é mais frequente durante o verão, momento em que esses animais peçonhentos, devido à inundação provocada pelas chuvas, fogem dos locais em que estavam escondidos em busca de abrigo seco e alimento. 

Os escorpiões se alimentam principalmente de baratas, moscas, aranhas e outros insetos pequenos. Por isso, é importante evitar acúmulo de lixo e entulhos nas casas e quintas e fechar bem as lixeiras.

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Além disso, outra medida de prevenção apontada pela SES DF é usar soleiras nas portas e janelas, telas em ralos do chão, pias e tanques. Também é importante afastar camas e berços das paredes e evitar que roupas de cama e mosquiteiros encostem no chão. Manter a limpeza periódica de terrenos baldios vizinhos é igualmente relevante, e caso o proprietário se negue a fazê-lo, o serviço pode ser solicitado à prefeitura.

Encontrei um escorpião, e agora?

Segundo a Secretaria, o indicado é, se possível, coletar o animal ainda vivo, colocá-lo em um vidro com álcool e ligar para o Disque Saúde 160 para mais orientações. A medida ajuda na identificação e registro da espécie, o que torna possível monitorar o tipo de escorpião mais presente e novos casos na região, facilitando o controle da proliferação. 

Hospitais de referência

Em caso de picada por escorpião, a pessoa deve procurar um dos hospitais abaixo: 

Hospital Regional de Planaltina

Hospital Regional de Sobradinho

Hospital Regional de Ceilândia

Hospital Regional de Taguatinga 

Hospital Regional de Santa Maria

Hospital Regional do Gama

Hospital Regional do Guará

Hospital Regional do Paranoá

Hospital Regional de Brazlândia 

Hospital Regional da Asa Norte

Hospital Regional de Samambaia

Hospital Materno Infantil de Brasília (atendimento de crianças de 0 dias até 13 anos, 11 meses e 29 dias)

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Fonte: BdF Distrito Federal

Edição: Flávia Quirino