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Zona oeste do Rio ganha primeiro Centro Especializado de Atendimento à Mulher (CEAM)

CEAM Tia Gaúcha funcionará na Policlínica Lincoln de Freitas Filho, em Santa Cruz, para mulheres vítimas de violência

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Rio passa a ter dois centros de atendimento para mulheres em situação de violência - Marcos de Paula/Prefeitura do Rio

A Prefeitura do Rio inaugurou o primeiro Centro Especializado de Atendimento à Mulher (CEAM) da zona oeste na última quinta-feira (5). O CEAM Tia Gaúcha funcionará na Policlínica Lincoln de Freitas Filho, em Santa Cruz. É a primeira vez que a zona oeste recebe um serviço exclusivo para mulheres em situação de violência.

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O local oferecerá atendimento psicossocial, assistencial, orientação jurídica e acompanhamento psicoterapêutico. Além disso, as mulheres também poderão solicitar benefícios como o Move-Mulher, cartão de passagens de ônibus, e o Cartão Mulher Carioca, benefício para compras no valor de R$ 500 por mês.

O novo CEAM Tia Gaúcha é o segundo centro especializado em violência contra a mulher da Prefeitura do Rio. O primeiro, Chiquinha Gonzaga, está localizado no centro da cidade.

A secretária municipal de Políticas e Promoção da Mulher, Joyce Trindade, ressaltou que o centro era uma demanda aguardada há anos pelas moradoras da região. 

"Temos uma equipe qualificada, com psicólogas, assistentes sociais e advogadas, que dão todo o apoio. Este CEAM é aguardado há anos aqui na zona oeste do Rio, território muito desafiador, onde, infelizmente, temos taxas de feminicídio graves. Trazer um atendimento especializado para essa região é uma resposta para a vida de todas as mulheres", afirmou a secretária.

Além desses equipamentos, a administração municipal também abriu no último ano três núcleos especializados no enfrentamento à violência contra a mulher: as Casas da Mulher Carioca, em Madureira, na zona norte, e em Realengo e Padre Miguel, na zona oeste.

Quem foi Tia Gaúcha

Cleonir Alves (1941-2020), conhecida como Tia Gaúcha, foi cantora e nasceu no Rio Grande do Sul. Aos 25 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde construiu sua história de resistência e luta por acesso aos direitos. Foi sócia-fundadora da Casa da Mulher Trabalhadora (CAMTRA) e fundadora do Conselho de Mulheres da Zona Oeste (COMZO).

A homenagem a Tia Gaúcha representa sua luta incansável pela implementação de políticas públicas de acolhimento e proteção a mulheres vítimas de violência, especialmente no bairro de Santa Cruz.

Edição: Clívia Mesquita